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Entenda o que aconteceu em Wall Street e no mundo durante o feriado; ações brasileiras caem quase 8%

11 jun 2020, 21:55 - atualizado em 11 jun 2020, 22:44
Wall Street
As vendas foram generalizadas, com todos os 11 principais setores do S&P 500 caindo de quase 4% a mais de 9% (Imagem: REUTERS/Jeenah Moon)

Wall Street despencou nesta quinta-feira, conforme os investidores reagiam a novos temores de uma nova onda da pandemia e digeriam previsões econômicas duras do Federal Reserve.

Todos os três principais índices de ações dos Estados Unidos perderam mais de 5%, registrando a pior queda percentual em um dia desde 16 de março, quando os mercados foram lançados em queda livre pelos abruptos lockdowns criados para conter a pandemia.

O ETF (EWZ) que segue o índice de ações brasileira MSCI Brazil despencou 7,84%.

As vendas foram generalizadas, com todos os 11 principais setores do S&P 500 caindo de quase 4% a mais de 9%.

“Não há realmente nenhum ponto de compra”, disse Paul Nolte, gerente de portfólio da Kingsview Asset Management em Chicago. “É praticamente vender o tempo todo.”

Tim Ghriskey, estrategista-chefe de investimentos do Inverness Counsel em Nova York, foi na mesma linha.

“Tudo está à venda”, acrescentou Ghriskey.

As mortes de norte-americanos com a Covid-19 podem chegar a 200.000 em setembro, resultado sombrio da reabertura econômica dos Estados Unidos antes conseguir que o crescimento de novos casos caísse a um nível controlável, de acordo com um importante especialista em saúde.

O índice Dow Jones caiu 1.861,82 pontos, ou 6,9%, para 25.128,17, o S&P 500 perdeu 188,04 pontos, ou 5,89%, para 3.002,1, e o Nasdaq caiu 527,62 pontos, ou 5,27%, para 9.492,73.

Entre os principais setores do S&P 500, energia e financeiro  sofreram as maiores quedas percentuais, caindo 9,5% e 8,2%, respectivamente.

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O índice pan-europeu STOXX 600 recuou 4,1%, no quarto dia consecutivo de perdas (Imagem: REUTERS/Kai Pfaffenbach)

Europa

As ações na Europa tiveram o pior dia em mais de 11 semanas nesta quinta-feira, depois de sóbrias projeções econômicas do Fed que forçaram um choque de realidade e por preocupações sobre uma segunda onda de casos de coronavírus.

O índice pan-europeu STOXX 600 recuou 4,1%, no quarto dia consecutivo de perdas, com os papéis do setor automotivo liderando as baixas.

Fiat Chrysler perdeu 7,7% e a Peugeot PSA recuou 10% após notícia de que as montadoras enfrentarão uma longa investigação antitruste da União Europeia sobre seus planos de uma fusão de 50 bilhões de dólares.

Ásia

Os índices de ações da China devolveram ganhos iniciais e fecharam em queda nesta quinta-feira, refletindo preocupações com a economia e a realização de lucros por alguns investidores após uma forte recuperação recente.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 1,1%, enquanto o índice SSEC em Xangai perdeu 0,8%.

O índice ChiNext, em Shenzhen, subiu mais de 1% na sessão, para máxima de três meses, mas reverteu a trajetória com a realização de lucros e fechou em queda de 0,3%.

Os futuros do petróleo Brent, referência internacional, encerraram em queda de 3,18 dólares, ou 7,6% (Imagem: Pixabay)

Petróleo

Os preços do petróleo despencaram cerca de 8% nesta quinta-feira, alimentados por novas preocupações sobre a destruição da demanda à medida que novos casos de coronavírus aumentam pelo mundo e após os estoques da commodity no EUA terem atingido um recorde.

Os futuros do petróleo Brent, referência internacional, encerraram em queda de 3,18 dólares, ou 7,6%, a 38,55 dólares por barril. O petróleo nos EUA (WTI) caiu 3,26 dólares, ou 8,2%, e fechou a 36,34 dólares por barril.

Esse foi o maior recuo diário para o Brent e o WTI desde 21 e 27 de abril, respectivamente.

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