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Entenda como as campanhas de absorvente mudaram ao longo dos anos

08 mar 2022, 15:43 - atualizado em 08 mar 2022, 15:43
absorvente
As campanhas de absorvente ao longo dos anos têm impacto na transformação da relação menstrual (Imagem: Pixabay/pikulkeaw_333 )

As campanhas de absorvente mudaram ao longo dos anos, acompanhando a transformação da relação menstrual de tabu para uma pauta relevante. 

Comerciais que utilizavam líquido azul para representar o sangue, a falta de conteúdos educativos sobre o uso do absorvente e a pobreza menstrual são aspectos que impactam mulheres há anos. Mas o cenário está mudando. 

Antes, as propagandas focavam no produto, sem abordar dúvidas, mitos, situações do cotidiano e demais situações que envolvem o período menstrual.

Ao longo dos anos, as campanhas mudaram e marcas começaram a se preocupar em mostrar a realidade, normalizando a menstruação, além de aumentar a educação sobre o assunto.

A marca britânica BodyForm, por exemplo, realizou um movimento sobre a menstruação, ressaltando que menstruar é normal e, logo, as campanhas deveriam retratá-la como é.

No Brasil, novas e tradicionais marcas usam o espaço das redes sociais para tratar da menstruação de forma educativa e naturalizada, buscando conteúdos do cotidiano, com mulheres compartilhando dicas, informações e outros aspectos no intuito de naturalizar a questão. 

Menstruação sustentável 

As formas de cuidado durante a menstruação também mudaram e impactaram a relação das mulheres com este período, visto que os absorventes descartáveis já não são a única opção, e marcas estão surgindo com novas abordagens, como coletores menstruais e calcinhas.

 

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As marcas também usam as redes sociais para promover a conscientização, dando instruções de uso e fazendo uma comunicação mais forte sobre a menstruação, de uma forma direta.

Veto da distribuição de absorventes a estudantes e pessoas pobres

Apesar das mudanças, a pobreza menstrual é uma questão em evidência, com o acesso até mesmo aos recursos mais básicos sendo difícil para muitas mulheres.

Relatos de adolescentes que não frequentam à escola durante o período menstrual, uso de miolo de pão, papéis, sacolas plásticas, entre outras alternativas  são um reflexo de que ainda há muito a ser feito pela saúde e bem-estar da mulher.

Em novembro de 2021, o presidente Jair Bolsonaro vetou seis trechos do projeto de distribuição de absorventes a estudantes de baixa renda e pessoas em situação de rua, ação que faz parte do projeto de Lei da da deputada Marília Arraes (PT-PE). 

Durante o evento realizado no Palácio do Planalto nesta terça-feira (8), em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, o presidente assinou decreto para proteção da saúde menstrual e distribuição gratuita de absorventes e outros itens de higiene para mulheres em situação de rua, mulheres de 12 a 21 anos cumprindo medidas socioeducativas e alunas de 9 a 24 anos de idade matriculadas em escolas do programa Saúde na Escola.

A assinatura foi feita dois dias antes da votação sobre o veto do ano passado, que, segundo a Agência Senado, vai ocorrer na próxima quinta-feira (10).

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