Ibovespa Entenda como a Super Quarta vai mexer com seus investimentos no Brasil; saiba o que fazer
O investidor já deve ter percebido que nesta semana só se fala na Super Quarta, dia em que teremos decisões sobre as taxas de juros aqui e nos Estados Unidos.
No caso lá fora, o ciclo de alta só está começando e os efeitos terão impacto direto nos investimentos no Brasil, segundo especialistas.
O fato é que enquanto o Brasil caminha para o final do ciclo de aperto monetário, os EUA começam só agora a mexer em sua taxa de juros diante de uma inflação recorde e mais persistente do que o esperado.
O que quer dizer que os investidores ainda não têm clareza quando o Federal Reserve (Fed) vai parar de elevar os juros ou mesmo como será o ritmo de alta.
“A partir do momento em que o Fed passa a subir juros de forma mais acelerada que o nosso Banco Central, os investimentos no país norte-americano passam a ficar mais atrativos”, explica Marina Renosto, responsável pela mesa de renda fixa da Blackbird Investimentos.
O investidor global espera uma taxa de retorno mais alta ao investir em países emergentes (como o nosso), dado o maior risco do investimento.
Bolsa brasileira para baixo e dólar para cima?
Uma vez que o diferencial da taxa de juros entre Brasil e EUA é reduzido, o investidor passa a aumentar a alocação onde o risco do país é menor, no caso lá fora, aumentando o fluxo de saída de capital da B3 (B3SA3), a Bolsa brasileira.
A visão da especialista da Blackbird também é corroborada por outros agentes do mercado, que enxergam uma maior pressão vendedora nos ativos em bolsa e potencial valorização do dólar ante o real (USDBRL).
“Quando os títulos públicos de renda fixa dos EUA passam a remunerar melhor os investidores, dado o aumento de juros pelo Fed, historicamente o fluxo de investimentos retorna ao país e fortalece o dólar diante das demais moedas”, explica Bruno Hora, co-fundador da InvestSmart.
A elevação dos juros nos EUA pressiona mercados acionários como o Brasil a serem mais atrativos, o que pode amenizar o movimento de baixa ou criar oportunidades de investimentos na B3, pondera o especialista.
No caso da renda fixa, a recomendação de Hora diz respeito às oportunidades ao investidor pessoa física com produtos isentos de imposto de renda, caso das LCAs e LCIs, por exemplo, ou empréstimos para empresas ligadas ao setor de commodities, algo possível por meio das debêntures.
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