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Entenda a queda das ações da Renner (LREN3), apesar de alta de 50% nos lucros do 3T22

04 nov 2022, 12:47 - atualizado em 04 nov 2022, 12:47
Lojas Renner
Conforme análise de especialistas, o resultado da Renner veio morno (Imagem: Renan Dantas/Money Times)

As ações da Lojas Renner (LREN3) recuavam 3,7%, a R$ 29,30, na manhã desta sexta-feira (4), após os resultados operacionais da companhia no 3T22.

No mesmo horário, o Ibovespa subia 2,40%

Apesar da reação negativa, a empresa reportou um lucro líquido de R$ 257 milhões no terceiro trimestre de 2022, alta de 50% sobre o mesmo período do ano anterior.

Conforme análise de especialistas, o resultado veio morno: com impacto inverno fora de época, mas com recuperação dos níveis pré-pandemia.

“Como esperado, os números do 3T22 continuaram mostrando uma recuperação ante 2019, apesar das vendas terem sido antecipadas para o 2º trimestre devido às temperaturas mais frias”, avalia o BTG Pactual.

A receita líquida do varejo da Renner aumentou 10% na comparação anual (e 35% acima o mesmo período de 2019) para R$ 2,6 bilhões.

Enquanto isso, os analistas do banco ressaltam que as margens alcançam gradualmente os níveis de 2019.

A margem bruta do varejo caiu 50 pontos-base ante o 3T19, para 53,8%, com um câmbio menos favorável e pressões inflacionárias sobre matérias-primas “quase compensadas por aumentos de preços e cobranças mais assertivas”, explicam.

Pressão climática

Os resultados da Renner, por outro lado, foram pressionados pelo clima e pelos níveis de inadimplência.

Em 2022, o frio começou mais cedo que o normal, e também persistiu por mais tempo que de costume. Se de um lado, isso antecipou as compras de inverno para o 2T22, por outro lado, o lançamento da coleção de primavera em setembro não coincidiu com o aumento da temperatura média.

“Isso levou à desaceleração no crescimento de venda nas mesmas lojas, que foi de 7,9% na comparação anual, bem menor que os 39,5% do segundo trimestre”, explica Larissa Quaresma, analista da Empiricus.

Além disso, Larissa cita a deterioração do cenário macroeconômico como outro fator de impacto negativo para a Renner.

“O maior endividamento das famílias fez com que a inadimplência subisse de forma sensível no trimestre”, avalia.

Na comparação trimestral, o índice de empréstimos atrasados atingiu 27% da carteira, aumento de 8 pontos percentuais na comparação trimestral.

Esse contexto diminui a relevância da financeira no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) total da companhia a 4%, enquanto um patamar normalizado é de cerca de 20%.

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