Coluna do Valério Klug

Entenda a força dos derivativos para os seus investimentos

02 jul 2024, 13:31 - atualizado em 02 jul 2024, 13:31
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Os derivativos permitem diversos níveis de risco e retorno nos investimentos. (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

A utilização de derivativos revolucionou a gestão de investimentos, permitindo diversos níveis de risco e retorno das posições, sejam elas de ativos, moedas, commodities ou contratos diversos.

Essa ferramenta possibilitou sair do risco direcional da posição e estabelecer diversas estratégias, sempre visando capturar movimentos de mercado com risco controlado.

Os contratos futuros de índice permitiram que carteiras de investimento fossem protegidas de forma contínua, vencimento após vencimento. Durante a queda da carteira na posição comprada, é gerada uma contra-operação na posição vendida.

Porém, como cada objeto tem sua dinâmica de dividendos nos ativos e taxa recebida no contrato na posição vendida, existem relações positivas de ganho e proteção. Esses modelos são usados principalmente por fundos bastante conservadores, que seguem um crescimento progressivo e estão muito protegidos frente a quedas significativas de cotações em ciclos de mercado.

Os contratos futuros utilizam a mesma dinâmica para moedas, commodities e ativos. Nas commodities, por exemplo, que têm ciclos de oferta e demanda, produção em datas específicas, e até mesmo um tempo de transporte prolongado, os derivativos estabilizam os preços entre as partes vendedoras e compradoras, permitindo uma maior estabilidade de fluxos financeiros e de produtos.

As opções de compra (chamadas de call) e de venda (put) seguem uma dinâmica diferente dos contratos futuros. Apesar de também serem contratos futuros, elas são limitadas por um preço específico, o strike da opção, que serve como uma barreira contra a passagem do preço, limitando o prejuízo ou o lucro.

Isso cria faixas específicas de atuação de risco e retorno, podendo ser de menor probabilidade e maior lucro, ou maior probabilidade e menor lucro, conforme a leitura do operador que opta pelo desenho de proteção.

Todos os mercados oferecem ferramentas de proteção. Dessa forma, cabe a cada investidor ter o conhecimento dessas ferramentas e saber utilizá-las, criando suas próprias dinâmicas operacionais. Isso permite que ele seja o gestor de seus próprios recursos, não delegando a terceiros, sejam gestores de fundos ou recomendações oficiais.

Cada investidor deve avaliar sua condição de risco e retorno. Muitos buscam movimentos grandes e de longo prazo, outros se contentam com diversas operações menores, e alguns focam apenas no carregamento de posições por um prazo muito longo visando unicamente dividendos.

Os derivativos permitem a união de todas essas técnicas, pois um sistema gerencial com derivativos faz a cada vencimento um pequeno movimento. O ciclo de manter um ativo pode ser mais longo, ou mesmo manter os mesmos ativos indefinidamente, permitindo uma média de todos os movimentos com proteção.

A grande força dos derivativos está na divisão dos movimentos de cotações, na limitação das perdas, na participação nos movimentos positivos e nas diversas dinâmicas permitidas. Cabe a cada investidor buscar as soluções que melhor se adaptam a seu perfil de risco e retorno, fugindo das preocupações com movimentos direcionais e expectativas.

Valério Klug é estrategista de mercado, sócio da Quantse Research, desenvolvimento de tecnologias. Atua no desenvolvimento de sistemas gerencias financeiros, desenvolvimento de algoritmos e plataformas. Com 18 anos de mercado é especialista em modelos de precificação.
Valério Klug é estrategista de mercado, sócio da Quantse Research, desenvolvimento de tecnologias. Atua no desenvolvimento de sistemas gerencias financeiros, desenvolvimento de algoritmos e plataformas. Com 18 anos de mercado é especialista em modelos de precificação.
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