Comprar ou vender?

Enquanto o Brasil cai na recessão, Vale é alternativa para ganhar com a retomada da China

22 mar 2020, 21:11 - atualizado em 22 mar 2020, 21:11
Vale
O potencial de valorização projetado chega a 86,2% (Imagem: Vale/Instagram)

Enquanto o Brasil caminha para uma recessão causada pelos efeitos econômicos do coronavírus, a China já mostra sinais de recuperação e as ações da Vale (VALE3) surgem como uma alternativa barata para o atual momento.

Em um relatório publicado neste domingo, o time de analistas do BTG Pactual reiterou a recomendação de compra para as ações da mineradora brasileira, com um preço-alvo de US$ 13 (cortado de US$ 15,50) para 12 meses.

As indicações são feitas para os papéis negociados em Nova York (VALE), atualmente em US$ 6,98. Com isso, o potencial de valorização projetado chega a 86,2%. Além disso, são esperados mais 28,4% em dividendos.

“Embora seja geralmente uma má ideia comprar ações de commodities durante uma recessão, vemos algumas características defensivas na Vale, que acreditamos que poderiam atenuar o lado negativo (ou garantir um desempenho relativo)”, explicam Leonardo Correa e Caio Greiner.

Os preços do minério de ferro têm resistido aos efeitos da crise (Imagem: Reuters/Muyu Xu)

A Vale, avaliam, é uma aposta majoritariamente da China.

“Existem várias razões para acreditar que a China está ressurgindo do vírus e os negócios estão normalizando, o que acreditamos ser o aspecto crítico do nosso relativo otimismo para a Vale”, apontam.

O BTG estima que os preços do minério de ferro caíam cerca de 14% a partir do preço à vista, para aproximadamente US$ 75. As ações da Vale precificam o equivalente a US$ 50, o que, para o banco, parece improvável.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
gustavo.kahil@moneytimes.com.br
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.