Enquanto Casa Verde-Amarela não decola, a MRV vai lucrar nos EUA (e você também pode)
Enquanto a Casa Verde Amarela, sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro há cerca de um mês, não decola, a MRV (MRVE3) tem uma carta na manga para continuar crescendo e destravando valor para os investidores. Trata-se da construtora americana AHS, incorporada há um ano pela brasileira.
A avaliação é do Bradesco BBI. Bruno Mendonça e Pedro Lobato, que assinam o relatório, afirmam que a AHS deve contribuir com R$ 11 dos R$ 28 propostos como preço-alvo da MRV para 2021.
“Cremos que a estratégia de longo prazo da MRV de se tornar uma construtora global começa a dar frutos, com a AHS já dando contribuições significativas para o lucro consolidado em 2021”, afirmam os analistas.
Problemas e soluções
A dupla acrescenta que os bons resultados da AHS “mais do que compensam os desafios da companhia em seu mercado-alvo no Brasil.” Entre os problemas verde-amarelos, o Bradesco BBI acredita que o ROE (Retorno sobre Patrimônio Líquido, na sigla em inglês) da MRV continuará pressionado neste ano.
Para os analistas, a MRV vive, hoje, em dois mundos. No Brasil, os resultados são sólidos, mas a empresa é cobrada pelos investidores por apresentar as menores margens, na comparação com as rivais listadas em Bolsa.
Mas, quando o Bradesco BBI acrescenta a contribuição da AHS, o quadro melhora bem. “Vemos um crescimento do lucro por ação de 81% em 2021, e 39% maior que o de 2019, antes da pandemia”, afirmam os analistas. “Isso é sólido o bastante para sustentar nossas expectativas positivas”.
Por isso, o Bradesco BBI reforçou sua recomendação de outperform para o papel (desempenho esperado acima da média do mercado), com preço-alvo de R$ 28 para dezembro. O valor embute uma alta potencial de 46% sobre a cotação usada como referência pela gestora.