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Engie, Transmissão Paulista, Energisa, EDP Brasil e Equatorial: quem vai mandar bem no 2º trimestre?

27 jul 2020, 17:00 - atualizado em 27 jul 2020, 17:00
Transmissão Paulista CTEEP
De acordo com o Santander, a Transmissão Paulista e a Engie Brasil serão as surpresas positivas do setor na temporada de resultados do segundo trimestre (Imagem: Facebook/ISA CTEEP)

O time de análise do Santander (SANB11) espera que o setor de energia apresente resultados mistos nesta temporada de balanços do segundo trimestre de 2020. De acordo com Thiago Silva, a Engie Brasil (EGIE3) e a Transmissão Paulista (TRPL4) serão as surpresas positivas do período.

“Do lado positivo estão as geradoras e as transmissoras, pois esperamos (i) impacto limitado de renegociações e/ou cláusulas de flexibilização de contratos de energia no mercado livre; (ii) preços spot mais baixos para compensar o GSF (medida de risco hidrológico) negativo; e (iii) as transmissoras se beneficiarão do início de operação de novos ativos, revisão/reajuste tarifário e variação negativa do IPCA no trimestre (o que deve aliviar as despesas financeiras)”, listou o analista.

Pelo lado negativo, Energisa (ENGI11), EDP Brasil (ENBR3) e Equatorial (EQTL3) devem apresentar uma diminuição nos volumes, além de maiores provisões para devedores duvidosos.

Atualização pelo Credit Suisse

Credit Suisse recentemente atualizou as teses de investimento da Cesp (CESP6), Engie Brasil e Ômega (OMGE3), incorporando nos modelos os impactos da covid-19 e o novo desconto das taxas.

Apesar da queda das estimativas, o banco defendeu que as três empresas estão bem preparadas para a transição do setor de energia. Prova disso está nos esforços para diversificar mais o portfólio e no aumento de investimentos em energias renováveis.

“Após quase um ano de discussões sobre modernizar o segmento de geração, as companhias estão mais preparadas, em nossa visão, para absorver os impactos da maior flexibilidade esperada para os contratos de energia (migração do mercado regulado para o livre, acordos de menor porte e novos esquemas de preço)”, disse a analista Carolina Carneiro.

Na avaliação do Credit Suisse, o mercado não reconheceu a boa estratégia adotada pelas geradoras e decidiu puni-las.