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Engie (EGIE3) vê atraso em produção de hidrogênio verde até 2025, mas mantém meta para 2030

03 nov 2022, 15:36 - atualizado em 03 nov 2022, 15:36
Engie
(Imagem: REUTERS/Sarah Meyssonnier)

A Engie (EGIE3) não será capaz de cumprir suas metas de produção de hidrogênio renovável em 2025, mas continua confiante em sua capacidade de produzir 4 gigawatts (GW) até 2030, disseram executivos da companhia nesta quinta-feira.

A CEO da Engie, Catherine MacGregor, e outros membros da direção da companhia falaram nesta quinta-feira com a imprensa na inauguração das instalações da “H2 Factory”, um laboratório de pesquisa dedicado ao hidrogênio produzido a partir de energias renováveis.

A Engie, que atualmente conta com cerca de vinte projetos de hidrogênio verde em todo o mundo, estabeleceu a meta de produzir 600 MW de energia até 2025, o que não conseguirá cumprir neste horizonte, disse Sébastien Arbola, diretor da Engie.

Esta situação é explicada por atrasos no pagamento de subsídios europeus e franceses que retardaram o lançamento de alguns projetos.

Mas isso não impedirá a companhia francesa de cumprir seus objetivos para 2030, com projetos de escala industrial (de 100 MW a 1 GW) a entrar em operação na segunda metade da década, acrescentou Arbola.

O hidrogênio verde é produzido pela divisão da água em hidrogênio e oxigênio usando eletricidade renovável, de fontes como a solar e a eólica. É considerada uma fonte limpa de energia, mas a tecnologia ainda está em fase inicial e ainda é relativamente cara.

A França, que pretende investir 9 bilhões de euros no segmento, estabeleceu o objetivo de se tornar um dos líderes europeus na produção de hidrogênio de baixo carbono até 2030. Uma dezena de projetos franceses foram selecionados no final de setembro para receber recursos.

A Engie especificou que três quartos de sua produção de hidrogênio verde em 2030 seriam produzidos no exterior, principalmente no Oriente Médio, Chile e Brasil, onde a eletricidade renovável é abundante e mais barata.

O hidrogênio produzido será transformado numa molécula de gás para ser transportada para a Europa e os Estados Unidos, onde se encontram os principais clientes do grupo, especificou Arbola.

“É preciso ter em mente a competitividade. E o acesso ao hidrogênio importado será muito importante”, disse Catherine MacGregor durante a coletiva de imprensa.

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