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Engie Brasil (EGIE3): Deixe as ações, sugere analista; venda de fatia na TAG é só um dos motivos

02 jan 2024, 16:45 - atualizado em 02 jan 2024, 16:45
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Engie Brasil recebe corte de recomendação pela Genial Investimentos; corretora vê preço atual pouco atraente (Imagem: REUTERS/Stephane Mahe)

A Genial Investimentos rebaixou as ações da empresa de energia Engie Brasil (EGIE3) a venda após a companhia anunciar a venda de participação na TAG ao fundo canadense CDPQ por R$ 3,11 bilhões.

A percepção do mercado ao evento não é positiva, tanto que a elétrica recua no pregão desta terça-feira (2). Na opinião da Genial, a transação não avalia a fatia de 15% da TAG de forma adequada.

“A avaliação implícita do ativo sub-avalia a TAG, de acordo com as nossas estimativas em nosso modelo proprietário”, comenta o analista Vitor Sousa.

“Sob uma ótica dos múltiplos baseados nos números apresentados pelo ativo em termos anualizados (uma inferência menos subjetiva que o uso dos nossos modelos), vemos múltiplos muito baixos e que não precificam a grande rentabilidade do ativo, altas margens, contratos de longo prazo, potencial de crescimento e prêmio de controle”, completa.

O modelo de avaliação da corretora para a Engie considera ativos de energia da companhia + 32,5% da TAG. Segundo a Genial, só a participação da TAG na empresa equivale a R$ 9,2 bilhões (vs. avaliação implícita de R$ 6,7 bilhões, considerando os termos da transação).

“Ainda considerando os termos apresentados, os múltiplos implícitos da transação são de EV/Ebitda (valor da empresa sobre Ebitda) em 12 meses de 4,7 vezes, P/L (preço sobre lucro) 12 meses de 6,1 vezes e Preço/Valor Patrimonial de 1,9 vez para um ativo que deve entregar um Retorno sob o Patrimônio de pelo menos 30% em 2023”, diz Sousa.

No entanto, o analista ressalta que, independentemente da impressão da venda ao fundo canadense, EGIE3, nos níveis atuais de preço, não apresenta potencial de valorização interessante. O preço-alvo que a Genial tem para o papel é de R$ 42 (potencial de queda para a cotação atual) e não considera a “destruição de valor implícita” em relação à avaliação da fatia que a TAG tem na empresa.

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