Eneva mira novos blocos na Bacia do Parnaíba em oferta permanente da ANP, diz diretor
A Eneva (ENEV3) quer participar do primeiro ciclo da oferta permanente de áreas para exploração e produção de petróleo e gás da reguladora ANP, com foco em blocos na Bacia do Parnaíba, onde a companhia já atua, disse o diretor de Finanças, Marcelo Habibe, em teleconferência com investidores nesta quinta-feira.
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) prevê realizar em 10 de setembro uma sessão pública para apresentação de ofertas por interessados na oferta permanente, que disponibilizará 600 blocos.
“A gente está inscrito, temos interesse, obviamente. Principalmente na região do Parnaíba. No momento não dá para abrir muita informação, mas estamos inscritos”, disse Habibe, após pergunta de um analista.
A Eneva, que explora gás em blocos terrestres na bacia do Parnaíba e utiliza o insumo para a geração de energia em termelétricas, produziu 0,07 bilhão de m³ de gás natural no segundo trimestre, segundo balanço divulgado na véspera.
As reservas remanescentes da empresa no Parnaíba ao final do trimestre totalizavam 21,3 bilhões de m³, enquanto as reservas totais restantes, incluindo na Bacia do Amazonas, totalizaram 24,9 bilhões de m³.
A Eneva possui um portfólio de projetos de geração de 2,7 gigawatts, dos quais 81% já em operação, enquanto uma térmica em Roraima e uma no Maranhão estão em implementação após a companhia ter obtido contratos para os projetos em leilões recentes do governo federal.
A companhia registrou um lucro líquido ajustado de 19,5 milhões de reais no segundo trimestre, recuo de 3,9% frente ao resultado ajustado do mesmo período do ano anterior.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de 299 milhões de reais, queda de 2,6% na comparação anual.
Os investimentos da Eneva somaram 189,6 milhões de reais no segundo trimestre, contra 58,8 milhões em mesmo período do ano passado e 90,2 milhões no primeiro trimestre.