Eneva (ENEV3): Com expectativas altas, leilão no fim do mês pode frustrar; BBA rebaixa ação
O Itaú BBA rebaixou a Eneva (ENEV3) para “market perform” (desempenho esperado em linha com a média do mercado), com novo preço-alvo ao fim de 2023 de R$ 17 (contra R$ 18,60 ao fim de 2022 anteriormente).
Quatro pontos explicam o corte do rating pelos analistas:
- valuation;
- competição acima do esperado no leilão de reserva de capacidade em 30 de setembro, levando a uma relação risco-retorno menos atrativa;
- piora de cenário para térmicas em 2022-23, considerando preços spot provavelmente mais baixos; e
- fechamento da aquisição de Bahia Terra demorando mais que o esperado, com os contratos atualmente suspensos.
O BBA destaca, em relatório publicado nesta terça-feira (13), que a Eneva ainda tem uma das melhores equipes de administração do setor, além de um histórico de alocação de capital que se sobressai. A instituição também acredita que a companhia aproveita um bom cenário de crescimento.
Porém, o BBA acha que as expectativas para o leilão no fim do mês estão muito altas, com os resultados podendo desapontar os investidores.
“Os termos são bem atrativos para a Eneva”, ressalta. “A companhia registrou mais de 1 GW para o leilão, mas nosso cenário-base assume contratação de capacidade de 600 MW nos termos do price cap, gerando R$ 5,2 bilhões em NPV (valor presente líquido), R$ 3,30 por ação”.
Diferente do que se imaginava no início, a Eneva pode não ser a única na licitação que visa contratar 1 GW de capacidade na região da Amazônia.
Além disso, os investidores começaram a precificar o potencial de criação de valor do leilão, limitando espaço para novas altas, na avaliação da equipe de análise.
Por volta das 12h30 desta quarta (14), os papéis da Eneva recuavam 2,39%, a R$ 15,49. Na maior baixa do dia até o momento, chegaram a ser negociados a R$ 15,19 cada.
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