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Ações da Eneva e AES Tietê encerram o pregão em forte queda após nova oferta de fusão

24 jul 2020, 17:53 - atualizado em 24 jul 2020, 18:31
Eneva ENEV3
A Eneva apresentou ao BNDESPar uma nova proposta de combinação de negócios com a AES Tietê  (Imagem: Site/Eneva)

As ações da Eneva (ENEV3) e da AES Tietê (TIET11) fecharam o pregão em forte queda de 1,84% a R$ 51,21 e 9,12% a R$ 15,55, respectivamente.

Na quinta-feira (23), a Eneva apresentou ao BNDESPar uma nova proposta de combinação de negócios com a AES Tietê.

A operação envolve uma relação de troca implícita de 0,06539522 nova ação ordinária da Eneva para cada ação AES, ou de 0,32697609 por unit, totalizando cerca de 130,49 milhões de novas ações da Eneva, além de uma parcela em dinheiro de R$ 727,8 milhões.

“A proposta formulada ao BNDESpar fundamenta-se na convicção do conselho de administração da Eneva de que a combinação de negócios segue sendo uma operação com méritos e com potencial de gerar significativos benefícios para os acionistas e demais stakeholders de ambas as companhias”, disse a Eneva, em nota divulgada ao mercado.

A companhia comprometeu-se a submeter à administração da AES Tietê uma nova oferta de incorporação caso ela tenha o sinal verde da subsidiária do BNDES.

Na visão dos analistas, seria mais interessante aos acionistas minoritários da AES Tietê que uma nova proposta de fusão previsse uma parcela maior de pagamento em caixa (Divulgação: Facebook da AES Tietê)

Análise

Na avaliação da XP Investimentos,  a nova proposta de fusão sinaliza um potencial de ganho em relação ao preço atual de TIET11, e apresenta condições mais atrativas que a proposta anterior.

Entretanto, na visão dos analistas, seria mais interessante aos acionistas minoritários da AES Tietê que uma nova proposta de fusão previsse uma parcela maior de pagamento em caixa, ou condições de direito de retirada para investidores que não desejem ser acionistas da “Nova Empresa” resultante da fusão.

“Notamos que a “Nova Empresa” resultante da fusão seria a segunda maior geradora de energia privada no Brasil, com 6,1GW de capacidade total. A empresa ficaria atrás apenas da Engie Brasil (EGIE3), que possuí 10,6GW. Uma empresa de maior porte e com elevado potencial de geração teria capacidade de realização de maiores investimentos em expansão de capacidade de geração no futuro”, informou a XP.

Sendo assim, a recomendação da corretora para as ações da AES Tietê é de compra, com preço-alvo de R$ 16 por ação.