Energisa investe na produção de religadores e mira venda a outras distribuidoras
A Energisa (ENGI3) inaugurou recentemente uma fábrica para a produção de religadores, em uma iniciativa que amplia seus investimentos em inovação e diversifica seu portfólio de produtos e serviços, disse o grupo elétrico em um comunicado.
Desenvolvidos no âmbito de um projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D), os equipamentos já estão sendo usados em distribuidoras da Energisa e foram comercializados para outras concessionárias com atuação nos mercados brasileiro e estrangeiro.
Os religadores servem para proteger a rede elétrica, isolando trechos onde houve falta de energia de outros pontos da rede até que o problema seja resolvido.
Até momento, foram comercializados mais de 500 religadores no Brasil e exterior, com projeção de dobrar o volume de vendas no próximo ano, disse a companhia.
O modelo é “totalmente diferenciado do que já existe no mercado” e pode proporcionar uma redução considerável dos custos de manutenção, segundo a Energisa.
A unidade para produção de religadores monofásicos fica em Atibaia (SP) e foi erguida em parceria com a HartBR, empresa desenvolvedora do equipamento e responsável pela fabricação e comercialização. A planta tem capacidade para produzir até 250 religadores por mês e, em 2022, o grupo pretende dobrar a linha de montagem para atender o mercado nacional e internacional.
Os religadores desenvolvidos pelo grupo estão sendo utilizados em distribuidoras da Energisa em Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Sergipe e Acre.
A companhia também firmou contratos para vendê-los a empresas da Colômbia, México, Costa Rica, Portugal, Espanha, Reino Unido, Moçambique e Angola. Há ainda uma parceria firmada com a Hubbell para distribuição dos produtos em território norte-americano e também no Canadá.
Entre os diferenciais do equipamento, a companhia menciona a possibilidade de operação remota por meio de um rádio embarcado no próprio equipamento, sem a necessidade de utilizar nenhum componente adicional instalado no poste.
Além disso, o religador armazena energia em super capacitores, dispensando as substituições periódicas realizadas em produtos que usam baterias.
A equipamento promete melhoria dos indicadores de continuidade do serviço na faixa de 60% a 70% nos pontos onde é instalado.