BTG Pactual

O barato pode sair caro na investida da Energias do Brasil na Celesc

20 dez 2017, 17:28 - atualizado em 20 dez 2017, 17:40

As ações da Energias do Brasil (ENBR3) recuam 2,42% nesta quarta-feira (20) depois de a empresa anunciar a aquisição de fatia de 14,5% da Celesc (CLSC3; CLSC4) detida pela Previ por R$ 230 milhões. Os papéis preferenciais e ordinários da empresa de energia controlada pelo estado de Santa Catarina, por sua vez, avançam 14,89% e 25%, respectivamente.

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Além da compra de ativos da Previ, a companhia anunciou uma oferta pública voluntária (OPA) ao preço de R$ 27 por ação para adquirir até 32% do total das ações preferenciais da Celesc. Caso tenha êxito na transação, as operações combinadas resultam em participação de 33,6% da Energias do Brasil na Celesc.

Para analistas, o preço saiu barato para a Energias do Brasil. O risco reside em se tornar sócio do governo do estado. O BTG Pactual lembra que outro player privado tentou tornar a empresa mais eficiente, mas não conseguiu.

“No longo prazo, no entanto, a participação da ENBR3 carrega potencial relevante se o ativo acabar totalmente privatizado. Sem uma venda ao setor privado, o movimento pode se provar uma armadilha de valor”, escreve em relatório o time do banco, composto por Antonio Junqueira, João Pimentel e Gustavo Castro.

Os analistas do Credit Suisse entendem que a Energias do Brasil quer se tornar um acionista minoritário ativo e relevante, com algum poder de veto, influenciando nas diretrizes da companhia, embora o controle permaneça com o estado de Santa Catarina.

“Vemos o evento como marginalmente positivo para Energias do Brasil, que aumenta ainda mais a exposição a uma empresa com desempenho decente em distribuição sob um valuation razoável”, diz relatório assinado pela equipe do banco suíço, Andre Natal e Arlindo Carvalho.

O Credit Suisse tem recomendação “neutra” para as ações ENBR3, com preço-alvo de R$ 16,50. Já o BTG sugere “compra”, estimando um preço-alvo em 12 meses de R$ 16,00.

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