Energias do Brasil dribla crise hídrica no 2º tri, mas altos investimentos podem limitar dividendos
A Energias do Brasil (ENBR3) reportou resultados dentro da média do mercado, o que pode ser considerado um alívio dada a situação hídrica do país.
A empresa viu o seu lucro subir 45%, para R$ 344 milhões no segundo trimestre.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), por sua vez, somou R$ 800 milhões entre abril e junho, alta de 36,3% versus um ano ante e 4% acima das expectativas.
De acordo com o Safra, as estimativas ficaram abaixo na geração e na distribuição de energia, parcialmente compensado por resultados melhores do que o esperado no Pecém.
A inadimplência atingiu R$ 33,8 milhões, 3% acima do esperado pelo banco.
O Bank of America lembra que na distribuição, houve uma queda de 5% no Ebitda.
Já a geração hidrelétrica despescou 30%, principalmente devido às compras de energia acima do esperado devido ao atual déficit hídrico.
“Embora saudemos a melhoria das tendências operacionais na distribuição, esperamos que as margens de geração hidrelétrica continuem pressionadas no segundo semestre”, aponta.
Para a XP, a estratégia de sazonalização e comercialização de energia permitiu que a elétrica mitigasse os efeitos do risco hidrológico no trimestre.
Recomendação
Segundo o Safra, os projetos de transmissão sob desenvolvimento são o principal catalisador do estoque e devem impulsionar os resultados.
Já o BofA afirma que a taxa interna de retorno (TIR) de 11% está abaixo dos seus concorrentes.
Além disso, os altos investimentos podem limitar os dividendos da elétrica.
O banco tem recomendação underperform (abaixo do desempenho) para as ações da Energias do Brasil.