Energia e saneamento: as ações que ganharam e perderam moral com o BTG em 2020
Os setores de energia elétrica e saneamento tiveram um desempenho memorável, num 2019 em que o Ibovespa subiu 31% e também deixará saudades. O Índice de Empresas de Energia (IEE), por exemplo, subiu 56%. A dúvida agora é se acabaram as chances de lucrar com essas ações. Para o BTG Pactual (BPAC11), o cenário ficou mais difícil, mas ainda há boas oportunidades.
Numa área dominada por estatais, as ações das concessionárias de saneamento e energia foram beneficiadas, no ano passado, pela posse de governadores mais favoráveis ao livre mercado, com destaque para João Doria, em São Paulo, e Romeu Zema, em Minas Gerais.
Segundo o BTG Pactual, isso “criou uma onda de otimismo em termos de melhoria da eficiência operacional e privatizações”. Outro ponto a favor das concessionárias foi a queda da taxa básica de juros (Selic).
O problema é que, agora, tudo isso ficou para trás. Agora, o BTG aponta sete fatores que poderão mexer com os papéis neste ano: potenciais privatizações, eleições municipais, a conclusão da votação da nova lei do saneamento, o novo mercado de gás, questões regulatórias e eventuais fusões e aquisições.
Dinheiro à vista
“Apesar do forte rali, acreditamos que ainda dá para fazer dinheiro no setor”, acrescentam os analistas João Pimentel e Filipe Andrade, que assinam o relatório. Para isso, é preciso analisar caso a caso.
O BTG observa que as indicações para este ano são sustentadas por diversos motivos. “Algumas são puros valuation; outras, boas histórias de dividendos; e algumas são nomes guiados por eventos”, explica o banco.
As cinco ações favoritas do BTG para 2020 são: CPFL (CPFE3), Energisa (ENGI11), Sabesp (SBSP3), Cesp (CESP3) e Alupar (ALUP11). Já seis companhias foram rebaixadas da recomendação de compra para neutra: Copasa (CSMG3), Copel (CPLE3), Energias do Brasil (ENBR3), Light (LIGT3), Omega (OMGE3) e Sanepar (SAPR11).
Veja, a seguir, quem ganhou e quem perdeu moral com o banco nas recomendações de 2020.