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Enel está comprometida em manter concessões no Brasil, diz CEO

18 nov 2024, 14:27 - atualizado em 18 nov 2024, 14:27
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Os Estados Unidos, Brasil e Chile são considerados países centrais pela Enel, ao lado de Colômbia, Espanha e Itália. (Imagem: REUTERS/Flavio Lo Scalzo)

A Enel está comprometida em investir para manter suas concessões de distribuição de energia no Brasil e no Chile, disse nesta segunda-feira o CEO do grupo italiano, Flavio Cattaneo.

Ao anunciar a estratégia atualizada da companhia até 2027, Cattaneo afirmou que será apresentado um plano de investimentos no Brasil visando obter a renovação da concessão em São Paulo, onde um grande evento climático interrompeu o fornecimento de energia por dias no início de outubro, gerando críticas da população e políticos em meio às eleições locais.

“Os eventos climáticos tornaram-se mais frequentes e graves… Há necessidade de investir rapidamente nas redes. Estamos prontos para fazer isso com o objetivo de obter a renovação da concessão”, disse Cattaneo.

Ele afirmou que o grupo quer continuar a operar na Argentina e no Chile. A rede da Enel também foi atingida por eventos climáticos extremos no Chile em agosto passado.

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“Acreditamos que agimos de acordo com todos os parâmetros regulatórios e estamos abertos para encontrar uma solução amigável para continuar a operar nossa rede de distribuição (em Santiago)”.

No novo plano trienal, a elétrica de controle estatal disse que investirá cerca de 43 bilhões de euros, 7 bilhões de euros a mais do que o previsto na estratégia de 2024-2026. O grupo destinará 75% dos investimentos à Europa e o restante à América Latina e América do Norte.

Os Estados Unidos, Brasil e Chile são considerados países centrais pela Enel, ao lado de Colômbia, Espanha e Itália.

Em junho, a elétrica italiana havia afirmado que o investimento previsto no Brasil entre 2024 e 2026 estava estimado em 3,7 bilhões de dólares.

Nos EUA, Cattaneo disse que a empresa só avançará com o plano de construir uma fábrica de painéis solares em Oklahoma se encontrar um investidor norte-americano pronto para assumir a maior parte do projeto.

“Se um investidor norte-americano não acredita nisso, por que eu deveria fazê-lo?”, questionou.

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O projeto de uma fábrica de painel solar nos EUA, anunciado pelo CEO anterior da Enel, Francesco Starace, poderia ter sido elegível para recursos da Lei de Redução da Inflação (IRA, na sigla em inglês) lançada pelo governo de Joe Biden, mas até agora não surgiram parceiros.

O governo Biden está chegando ao fim e o presidente eleito, Donald Trump, que tomará posse em janeiro, é considerado menos propenso a apoiar projetos relacionados a energias renováveis.

Falando sobre os negócios na Itália, Cattaneo disse que o grupo recebeu dezenas de cartas de interesse de operadores interessados ​​em serviços de conexão e fornecimento de energia elétrica para data centers.

A Enel planeja criar uma nova empresa que oferecerá serviços de conexão que poderá ter valor de cerca de 1 bilhão de euros incluindo dívidas.

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