BusinessTimes

Enel deve apostar em renováveis no Brasil, diz CEO; ficará fora de oferta da Eletrobras (ELET3)

14 abr 2022, 16:11 - atualizado em 14 abr 2022, 16:11
Enel
A Enel está investindo em uma planta de painéis na Itália e deve replicar o modelo nos Estados Unidos, de acordo com o executivo  (Imagem: REUTERS/Flavio Lo Scalzo)

A elétrica italiana Enel deve acelerar seu crescimento no mercado de energias renováveis do Brasil nos próximos anos, com novos investimentos em plantas de geração solar e eólica onshore, disse nesta quinta-feira o CEO mundial do grupo, Francesco Starace.

O executivo afirmou que o Brasil já responde por 40% do crescimento global da Enel no mercado de renováveis, uma fatia que deve aumentar à medida que o grupo abandona a geração térmica poluente e adiciona mais capacidade renovável ao portfólio.

Segundo ele, o país tem condições favoráveis, como crescimento demográfico, que desenham um cenário positivo para os negócios da empresa.

“Não tem muitos países com essas condições, na Europa não temos crescimento demográfico… o Brasil está sub-representado no nosso portfólio, no futuro vai ser muito maior do que vários países em que estamos hoje”, disse ele a jornalistas durante evento.

A Enel anunciou no ano passado que vai investir cerca de 9,8 bilhões de euros na América Latina no ciclo 2022-2024, sendo que metade desse montante deve ir para o Brasil.

No futuro, a fatia do país nos investimentos da região deve aumentar pra “60% a 70%”, disse o CEO.

Starace também comentou que o grupo avalia investir em fábricas de produção de painéis fotovoltaicos na América do Sul, mas disse que ainda não há uma decisão tomada.

Segundo ele, é importante que a companhia tenha produção própria desses equipamentos, tornando-se menos dependente de fornecimento de países como a China.

A Enel está investindo em uma planta de painéis na Itália e deve replicar o modelo nos Estados Unidos, de acordo com o executivo.

Ainda durante o evento, o CEO disse que a companhia não tem interesse em participar da oferta de capitalização da Eletrobras (ELET3).

Ele observou que o grupo chegou a comprar ativos da estatal brasileira  a distribuidora de Goiás, privatizada há alguns anos, mas afirmou que não pretende adquirir uma participação acionária.

Compartilhar

TwitterWhatsAppLinkedinFacebookTelegram
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar