Enel: Após dança das cadeiras, conheça o novo presidente da empresa em SP
A Enel Distribuidora SP anunciou a renúncia do atual diretor-presidente Max Xavier Lins, que ocupava o cargo desde novembro de 2018. Agora, Guilherme Gomes Lencastre é quem tomará a posição.
Lencastre ocupava a presidência do Conselho de Administração da Companhia. Agora, o cargo passa a ser de Damian Popolo, que também seguirá como diretor de Relação Externas e Sustentabilidade da Enel Brasil.
As mudanças aparecem após uma série de embates envolvendo a empresa e sua atuação durante os apagões que afetaram São Paulo.
Em novembro de 2023, apagões afetaram diversos moradores que recebem energia elétrica em suas casa via companhia. Já em março desde ano, problemas na rede elétrica subterrânea afetaram bairros centrais de São Paulo.
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Em abril, o Ministério de Minas e Energia determinou à Aneel a abertura de um processo que poderia levar à caducidade da concessão da empresa.
Antes da abertura, a própria agência, em fevereiro, multou a distribuidora em R$ 165,8 milhões por falhas relacionadas à demora excessiva no reestabelecimento de energia elétrica.
À época, o ministro Alexandre Silveira afirmou que “O ministério está tomando medida extremamente radical, importante e educativa para outras distribuidoras de energia”.
Segundo a Folha de S. Paulo, há uma semana, uma delegação italiana da distribuidora chegou ao Brasil para encontro com Silveira, que afirmou que, se a companhia não fizer investimentos na qualidade do serviço de distribuição de energia, ela poderia “dar tchau” ao país.
Quem é Guilherme Gomes Lencastre, que assume cargo da Enel?
Guilherme Gomes Lencastre é formado em Engenharia de Produção Civil pela PUC-Rio (Pontifícia da Universidade Católica do Rio de Janeiro), tendo exercido o cargo de Diretor de Desenvolvimento de Negócios de Infraestrutura e Redes da Enel desde 2014.
Anteriormente, ocupou posições na Central Geradora Termelétrica Fortaleza S.A. (CGTF), Companhia de Interconexão Energética (CIEN) e Centrais Elétricas Cachoeira Dourada S.A (CDSA).
Em novembro do ano passado, em meio aos questionamentos com relação à atuação da Enel com os apagões no Estado, Guilherme foi convocado para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Enel na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo).
À época, ele assumia interinamente o cargo de presidente da companhia no Brasil, até que a ascensão de Antonio Scala, que defende estar seguro dos investimentos anunciados pela companhia para resolver as falhas, fosse concretizada.