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Enel Americas quer ressurgir como potência de energia renovável

03 dez 2020, 14:11 - atualizado em 03 dez 2020, 14:11
Enel
A Enel Americas, que é controlada pela Enel SpA da Itália, precisa atrair alguns acionistas minoritários – como fundos de pensão locais – para atingir um limite de aceitação de 75% (Imagem: REUTERS/Flavio Lo Scalzo/File Photo)

A Enel (ELPL3) está buscando completar sua transformação em poderosa geradora de energia renovável na América Latina no início do próximo ano, contanto que um número suficiente de acionistas minoritários esteja a bordo.

A empresa de energia integrada convocou acionistas para votar em 18 de dezembro sobre um plano para incorporar os ativos de energia renovável da empresa irmã Enel Green Power na região.

Se aprovada, a operação pode ser encerrada no final do primeiro trimestre, disse o presidente da Enel Americas Maurizio Bezzeccheri ao programa de rádio Pauta Bloomberg no Chile.

A Enel Americas, que é controlada pela Enel SpA da Itália, precisa atrair alguns acionistas minoritários – como fundos de pensão locais – para atingir um limite de aceitação de 75%.

“Os acionistas ainda estão se decidindo”, disse Bezzeccheri, quando questionado se já havia votos suficientes. “É por isso que temos sido totalmente transparentes quanto aos benefícios do negócio.”

A maior empresa do Chile em valor de mercado está se posicionando para o crescimento à medida que uma transformação energética global ganha impulso.

A transação gerará economias comerciais e adicionará de US$ 400 milhões a US$ 500 milhões ao lucro anual da Enel Americas antes de juros, impostos, depreciação e amortização, disse Bezzeccheri.

Embora com sede no Chile, todas as operações da Enel Américas estão fora do país – no Brasil, Argentina, Peru e Colômbia. Foi criada em 2016 a partir da separação da holding Enersis SA em Enel Chile SA e Enel Americas SA.

A Enel Americas anunciou em setembro que planejava incorporar por meio de uma fusão os ativos de geração de energia renovável que a empresa irmã Enel Green Power possui na Argentina, Brasil, Colômbia, Peru, Costa Rica, Guatemala e Panamá. O negócio aumentará sua capacidade instalada na região de 11,3 para 16,3 gigawatts.

Isso se encaixa na estratégia da controladora Enel de se concentrar em energias renováveis em um mundo de descarbonização. No Chile, a Enel está gradualmente desativando suas usinas a carvão.

Com relação às suas operações na região, a Enel Americas espera que a Argentina descongele as tarifas até fevereiro, permitindo ajustes de inflação, disse Bezzeccheri. “Neste momento, todo o dinheiro que geramos na Argentina fica e é reinvestido no país. Não sai nada.”

A demanda de energia no Peru, que caiu após um forte lockdown da economia, incluindo a mineração, está se aproximando dos níveis anteriores à Covid, enquanto a Colômbia e o Brasil também estão se recuperando, disse Bezzeccheri.

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