Coluna do Kleber Stumpf

Enchentes no RS: Como os pequenos empresários podem se reerguer?

02 jun 2024, 12:00 - atualizado em 29 maio 2024, 14:43
rio grande do sul mudanças climáticas empresários
Só em Porto Alegre, aproximadamente 46 mil micros e pequenas empresas ficaram debaixo d’água. (Foto: Gilvan Rocha/Agência Brasil)

Vidas perdidas e cidades devastadas. A tragédia que atingiu o Rio Grande do Sul exigirá muito do emocional da população gaúcha para a reconstrução do que ficou destruído. E, neste contexto, estão milhares de empresários — peças fundamentais para a economia de todo o estado.

Mais de 90% dos municípios foram atingidos. Segundo o Sebrae RS, o número de pequenos negócios afetados chega a 600 mil. Só em Porto Alegre, aproximadamente 46 mil micros e pequenas empresas ficaram debaixo d’água.

Os dados são resultados do cruzamento de informações da Junta Comercial e do mapeamento das áreas alagadas.

Além dos danos físicos — com perda de instalações e estoques —, os problemas logísticos e os impactos na cadeia de suprimentos aumentarão os custos operacionais, gerando grandes dificuldades financeiras e de fluxo de caixa.

Infelizmente, muitos não conseguirão se reerguer — afetando diretamente o mercado de trabalho e gerando uma reação em cadeia que ainda não é possível dimensionar.

Mas é preciso olhar para aquelas empresas que conseguirão se recompor — mesmo que isso seja difícil e exija tempo. Não existe receita de bolo e o cenário é incerto. Mas sei que algumas dicas podem ajudar no planejamento daquelas que iniciam o processo de reconstrução.

Rio Grande do Sul: Veja como empresários podem se recuperar?

O primeiro passo é fazer um estudo da situação financeira que se apresenta:

  • Calcule o prejuízo e revisite o seu fluxo de caixa;
  • Se tem seguro, verifique seus direitos e acesse os serviços devidos;
  • Analise a possibilidade de solicitar linhas de crédito emergencial;
  • Renegocie dívidas;
  • E, depois de tudo organizado, avalie a possibilidade de prever um caixa de emergência.

Por mais duro que seja, certifique-se de entender todos os impactos no negócio para facilitar o processo de recuperação:

  • Revise o modelo de negócio e diversifique, se possível, a oferta de produtos e/ou serviços;
  • Avalie a possibilidade de adoção de tecnologias inovadoras — e isso nem sempre tem um custo;
  • Construa uma rede de contatos e faça parcerias estratégicas — para, por exemplo, uma troca de divulgação ou divisão de espaços de trabalho que diminuam custos com aluguel, água e luz.

E, por último, explore as possibilidades que as ferramentas de marketing digital oferecem:

  • Garanta uma presença online
  • Gere conteúdo relevante que conecte seu produto/serviço com seu público-alvo;
  • Crie campanhas promocionais, inclusive, com parcerias locais;
  • Avalie a possibilidade de criar programas de fidelidade;
  • E faça uma comunicação transparente, que mostre seu propósito e qualidade do que você oferta.

Não vai ser fácil. Mas, com serenidade e união, conseguiremos encontrar os caminhos. A recuperação econômica do nosso Rio Grande também depende da recuperação desses pequenos negócios. E cada um deles fará a diferença na (re) construção do nosso futuro.

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Investidor na bolsa de valores desde os 16 anos e apaixonado pelo mercado financeiro. Atuou como agente de investimentos, consultor financeiro, professor e palestrante. Em 2011, aos 21 anos, fundou a TopInvest, a maior escola de cursos preparatórios para certificações financeiras, que já conta com mais de 500 mil alunos. Hoje, pertencente ao Grupo Primo, é uma das empresas líderes do segmento.
kleber.stumpf@moneytimes.com.br
Investidor na bolsa de valores desde os 16 anos e apaixonado pelo mercado financeiro. Atuou como agente de investimentos, consultor financeiro, professor e palestrante. Em 2011, aos 21 anos, fundou a TopInvest, a maior escola de cursos preparatórios para certificações financeiras, que já conta com mais de 500 mil alunos. Hoje, pertencente ao Grupo Primo, é uma das empresas líderes do segmento.
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