Enchentes no RS: Como os pequenos empresários podem se reerguer?
Vidas perdidas e cidades devastadas. A tragédia que atingiu o Rio Grande do Sul exigirá muito do emocional da população gaúcha para a reconstrução do que ficou destruído. E, neste contexto, estão milhares de empresários — peças fundamentais para a economia de todo o estado.
Mais de 90% dos municípios foram atingidos. Segundo o Sebrae RS, o número de pequenos negócios afetados chega a 600 mil. Só em Porto Alegre, aproximadamente 46 mil micros e pequenas empresas ficaram debaixo d’água.
Os dados são resultados do cruzamento de informações da Junta Comercial e do mapeamento das áreas alagadas.
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Além dos danos físicos — com perda de instalações e estoques —, os problemas logísticos e os impactos na cadeia de suprimentos aumentarão os custos operacionais, gerando grandes dificuldades financeiras e de fluxo de caixa.
Infelizmente, muitos não conseguirão se reerguer — afetando diretamente o mercado de trabalho e gerando uma reação em cadeia que ainda não é possível dimensionar.
Mas é preciso olhar para aquelas empresas que conseguirão se recompor — mesmo que isso seja difícil e exija tempo. Não existe receita de bolo e o cenário é incerto. Mas sei que algumas dicas podem ajudar no planejamento daquelas que iniciam o processo de reconstrução.
Rio Grande do Sul: Veja como empresários podem se recuperar?
O primeiro passo é fazer um estudo da situação financeira que se apresenta:
- Calcule o prejuízo e revisite o seu fluxo de caixa;
- Se tem seguro, verifique seus direitos e acesse os serviços devidos;
- Analise a possibilidade de solicitar linhas de crédito emergencial;
- Renegocie dívidas;
- E, depois de tudo organizado, avalie a possibilidade de prever um caixa de emergência.
Por mais duro que seja, certifique-se de entender todos os impactos no negócio para facilitar o processo de recuperação:
- Revise o modelo de negócio e diversifique, se possível, a oferta de produtos e/ou serviços;
- Avalie a possibilidade de adoção de tecnologias inovadoras — e isso nem sempre tem um custo;
- Construa uma rede de contatos e faça parcerias estratégicas — para, por exemplo, uma troca de divulgação ou divisão de espaços de trabalho que diminuam custos com aluguel, água e luz.
E, por último, explore as possibilidades que as ferramentas de marketing digital oferecem:
- Garanta uma presença online
- Gere conteúdo relevante que conecte seu produto/serviço com seu público-alvo;
- Crie campanhas promocionais, inclusive, com parcerias locais;
- Avalie a possibilidade de criar programas de fidelidade;
- E faça uma comunicação transparente, que mostre seu propósito e qualidade do que você oferta.
Não vai ser fácil. Mas, com serenidade e união, conseguiremos encontrar os caminhos. A recuperação econômica do nosso Rio Grande também depende da recuperação desses pequenos negócios. E cada um deles fará a diferença na (re) construção do nosso futuro.