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Enauta (ENAT3) ou Petroreconcavo (RECV3)? Qual fusão é mais vantajosa para 3R Petroleum (RRRP3) – e para os acionistas

02 abr 2024, 15:57 - atualizado em 02 abr 2024, 16:34
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3R Petroleum tem propostas de fusão com a Enauta e com a Petroreconcavo na mesa (Imagem: Divulgação/3R Petroleum)

Os analistas do mercado viram com bons olhos a proposta da Enauta Participações (ENAT3) para fusão com a 3R Petroleum (RRRP3), que envolve a troca de ações. Tanto que RRRP3 chegou a disparar mais de 7% nesta terça-feira (2), no pregão após o envio da carta.



No entanto, a 3R já tinha outra proposta na mesa, com a PetroReconcavo (RECV3). No começo do ano, a Maha Energy, acionista relevante da 3R, propôs a união dos ativos da companhia com a PetroReconcavo.

Após receber a proposta da Enauta, o conselho de administração da 3R decidiu que os esforços internos para possível combinação de negócios com a PetroReconcavo fossem momentaneamente suspensos.

De acordo com a analista da Empiricus Reseach, Larissa Quaresma, as duas propostas são vantajosas em um setor que está em movimento de consolidação. No entanto, há uma favorita.

3R Petroleum: Fusão com Enauta ou Petroreconcavo?

Ambas as companhias combinadas teriam um tamanho parecido, disse a analista da Empiricus no programa Giro do Mercado.

Projeções do mercado apontam que a fusão entre 3R Petroleum e PetroReconcavo teria sinergias de R$ 1,1 bilhão. Já no negócio com a Enauta, as sinergias seriam de R$ 1,5 bilhão — “É um pouco maior, mas não muito maior”, avalia.

Quaresma destaca, entretanto, que as sinergias potenciais com a Enauta são menos claras, enquanto com a PetroReconcavo há sinergias fortes, principalmente, no ativo Portiguar. “A Enauta tem produção na Bahia e nas bacias de Campos e de Santos e, lá, as sinergias são menos obvias. Tem potencial nos ativos offshore, mas não fica tão claro onde”, afirma.

Por outro lado, no negócio com a Enauta, a 3R sai com participação maior. A nova empresa teria 53% do capital social composto por acionistas atuais da 3R e 47% por investidores da Enauta, representando prêmio aos acionistas da 3R de 12% ao valor de mercado.

Ainda assim, a analista destaca que a Enauta tem maiores perspectivas de crescimento de produção orgânica nos curto e médio prazos. “Enauta e Petroreconcavo não são tão diferentes. Então, devido ao potencial de crescimento maior para Enauta, eu vejo essa proposta com melhores olhos”, diz.

“Traria um potencial de crescimento maior para a companhia combinada e seria mais vantajosa para o acionistas da 3R”, ressalta. “Seria uma gigante do setor. Entre as privadas, estaria pau a pau com a Prio”, completa.

Veja a entrevista com a analista da Empiricus na íntegra!

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