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Empresas se unem para popularizar o carro elétrico no País

25 abr 2022, 20:20 - atualizado em 25 abr 2022, 20:28
Carros Elétricos
O carro elétrico é o futuro, mas o processo de transformação da frota começa agora e não queremos fazer isso sozinhos (Imagem: Nelson Oliveira/Agência Senado)

Nove empresas ligadas ao setor automobilístico anunciaram nesta segunda-feira, 25, uma aliança para estimular o desenvolvimento do mercado de veículos com zero emissões de carbono no País.

Entre as metas do grupo, formado por companhias como 99, Caoa Chery, Unidas (LCAM3), Movida (MOVI3), Raízen (RAIZ4), Tupinambá Energia, Zletric e Ipiranga, estão o aumento da participação de carros elétricos para 10% das vendas totais no mercado nacional – hoje, a modalidade representa menos de 2% do mercado – e a criação de 10 mil estações públicas de carregamento.

“O carro elétrico é o futuro, mas o processo de transformação da frota começa agora e não queremos fazer isso sozinhos. A aliança serve justamente para unir as pontas dessa cadeia para estimular a demanda e a oferta”, afirmou ao Broadcast Thiago Hipólito, diretor do centro de inovação da 99, chamado DriverLab.

A empresa, que planeja eletrificar 100% de sua frota até 2030, lidera a aliança em prol do carro elétrico.

Para este ano, a companhia prevê 300 veículos eletrificados em sua frota, com foco em São Paulo.

Embora a 99 não abra valores de investimento na aliança, Hipólito relata que a companhia está investindo, em 2022, cerca de R$ 100 milhões em uma estratégia para tornar o veículo mais acessível para o motorista de aplicativo e contribuir para tornar suas finanças mais “saudáveis”.

Apesar da ambição da empresa de transporte por aplicativo, as montadoras vêm afirmando publicamente que, sem uma política concreta de estímulos à fabricação de carro elétrico, o Brasil terá dificuldades para aumentar a participação desse tipo de veículo no mercado.

De acordo com dados da consultoria automotiva Bright, a frota eletrificada, que inclui os híbridos (automóveis que combinam motores elétricos e de combustão), no Brasil, em 2021, era de aproximadamente 80 mil unidades, sendo cerca de 25 mil do tipo plug-in (100% elétricos, ou seja, que dependem exclusivamente de recarga para funcionar).

Para 2030, a consultoria projeta uma frota eletrificada de 2,9 milhões de veículos no País, sendo 650 mil do tipo plug-in.

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Desafio

Segundo o diretor da Bright, Murilo Briganti, atualmente o Brasil possui cerca de mil pontos de recarga de veículos elétricos. “A média mundial é de um ponto de recarga para cada 8 veículos 100% elétricos. Para acompanhar a frota de plug-in que estamos projetando para o País em 2030, seriam necessários, pelo menos, mais 80 mil pontos de recarga em território nacional.”

Considerando que cada ponto custa entre R$ 20 mil e R$ 200 mil, dependendo se é de recarga rápida ou não, a Bright estima que seriam necessários pelo menos R$ 1 bilhão de investimentos por ano até 2030 somente nesses equipamentos para atender ao aumento da frota de veículos 100% elétricos no País.

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