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Empresas precisam ficar atentas ao uso não autorizado de marcas no Metaverso, diz CEO Márcio Menegatti

06 jun 2022, 8:38 - atualizado em 06 jun 2022, 8:39
Metaverso
Na avaliação de Márcio Menegatti, especialista em propriedade intelectual, as corporações estão se posicionado de forma estratégica no metaverso. Saiba mais. (Imagem: Unsplash/Minh Pham)

Ainda pouco palpável para o público em geral, o metaverso, aos poucos, vai sendo povoado por algumas das empresas mais conhecidas do mundo. E não é por qualquer motivo.

Multinacionais como Nike (NIKE), Ralph Lauren, Hermès, Burberry, Balenciaga e Gucci, entre outras marcas renomadas, estão atuando no novo espaço digital não apenas para promover seus produtos, mas também para se proteger contra falsificações.

Em linhas gerais, o metaverso é um espaço coletivo, 3D e digital, composto pela soma de realidade virtual, realidade aumentada e internet. Neste ambiente, algumas das maiores corporações do mundo estão desenvolvendo novas possibilidades de comunicação e interação.

“Estamos vivendo um momento de grande transformação. O metaverso é uma nova realidade onde o mundo real converge interativamente para o digital”, explica Márcio Menegatti, especialista em propriedade intelectual e CEO da Província, empresa especializada no registro de marcas e patentes.

Na avaliação de Menegatti, as corporações estão se posicionado de forma estratégica, tentando antecipar padrões de consumo que devem funcionar no ambiente digital.

Além disso, o especialista destaca que as empresas estão investindo na plataforma com a máxima cautela para assegurar os direitos sobre marcas e patentes.

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Grandes corporações

Um caso interessante é o da Hermès, que acusou um artista de copiar um de seus modelos de bolsas mais famosos para vender como NFT

A Nike, por exemplo, solicitou registro de marca para uso em produtos virtuais nos Estados Unidos, aumentando sua territorialidade para além das fronteiras físicas.

Ainda mais ativa no metaverso, a Gucci vendeu uma bolsa no videogame “Roblox” por 350 mil Robux – moeda virtual do jogo, cujo montante equivale a R$ 22 mil.

A Balenciaga, por sua vez, vendeu itens de sua coleção para servir de skins (visual alternativo) e acessórios dos avatares dos jogadores do videogame “Fortnite”.

Um caso interessante é o da Hermès, que acusou um artista de copiar um de seus modelos de bolsas mais famosos para vender como NFT (sigla para “token não fungível”, em português).

“A empresa não autorizou a comercialização. Então, este é o tipo de cuidado que os negócios precisam ter no metaverso. Como ainda não há legislação específica sobre o assunto, podem ocorrer casos de uso indevido de imagem, marca, símbolos, assim como falsificações”, sinaliza Menegatti.

Dessa forma, por precaução, o especialista recomenda que as empresas busquem auxílio jurídico antes de se aventurar na rede de mundos virtuais.

“Isso pode ajudar a evitar problemas como o uso não autorizado da marca ou eventuais plágios”, indica Menegatti.

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Money Times publica matérias informativas, de caráter jornalístico. Essa publicação não constitui uma recomendação de investimento.

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