Meio Ambiente

Empresas investem mais para tornar ativos ambientais atraentes ao mercado

11 dez 2019, 12:07 - atualizado em 11 dez 2019, 12:11
Menor emissão de gases de efeito estufa cada vez mais na agendas das grandes companhias (Imagem: Pixabay)

Grandes grupos nacionais e multinacionais, representando em torno de 90% do capital negociado na B3 (B3SA3) estão ou pretendem enfrentar as mudanças do clima em suas operações. Mas querem ganhar para isso.

Os participantes da COP 25, em Madri, conheceram a percepção de 61 companhias com atuação no Brasil, que estimaram, em 2018, oportunidades de impactos financeiros positivos de US$ 124 bilhões.

Em estudo do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds), lançado ontem na Conferência da ONU sobre Mudanças Climática, foi avaliado ainda que para materializar a captura desses recursos junto ao mercado que quer pagar por ativos ambientais serão necessários US$ 17,5 bilhões.

Como já havia dito ao Money Times (21/11), Marina Grossi, presidente-executiva da entidade, o documento reitera a importância de tornar os ativos atraentes. Isto é, localizadas as oportunidades, precisam ser transformadas em bons negócios para os investidores.

Entre essas oportunidades, está a captação de recursos em projetos que mitiguem e emissão de gases de efeito estufa dos países com pouca e nenhuma capacidade de compensar as suas emissões nos seus territórios. E a maior parte desses projetos são direcionados à proteção de florestas e também reflorestamento.

Com apoio do WWW-Brasil e do Carbon Disclosure Program (CPD) América Latina, o estudo “Como as empresas vêm contribuindo para o Acordo de Paris” também detectou que as empresas entrevistadas estão direcionando fundos em P&D buscando soluções de baixo carbono.

Segundo Marina, o ano passado foram investidos US$ 7,7 bilhões para esse fim.

“Os resultados das empresas revelados neste estudo demonstram que enfrentar a mudança do clima representa mais oportunidades do que riscos para o Brasil. Em resumo, é financeiramente mais vantajoso fazer investimentos para materializar essas oportunidades do que gerir os impactos negativos das mudanças clima”, explicou a dirigente do Cebds.

Ainda apontado no documento tornado público na capital espanhola, está que 33% das empresas fazem precificação interna de carbono e outras 21% devem fazê-lo até final de 2021.

 

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar