Empresas indianas terão de informar suas reservas cripto em demonstrativos financeiros
Devido a novas regras que entrarão em vigor em 1º de abril, empresas indianas terão de informar suas reservas de criptomoedas em demonstrativos financeiros.
O Ministério de Assuntos Corporativos da Índia inseriu a emenda ao “Schedule III of Companies Act, 2013” nesta quinta-feira (25) e, a partir da data estipulada, exigirá que empresas detalhem suas reservas de criptomoedas.
O detalhamento deve incluir “lucro ou perda em transações envolvendo criptomoedas ou moedas virtuais”, “o valor total de moedas digitais no dia do relatório” e “depósitos e adiantamentos de qualquer pessoa com o propósito de negociar ou de investir em criptomoedas/ moedas virtuais”.
As regras se aplicam a todas as empresas indianas, incluindo companhias negociadas de maneira privada ou pública, disse Amit Maheshwari, sócio da contadora AKM Global.
Ele acrescentou que as empresas terão de informar suas reservas cripto tanto em demonstrativos de ganho e perda como de balanços.
“Acredito que a mensagem está clara. O governo irá analisar as transações cripto das empresas”, disse Maheshwari.
Em fevereiro deste ano, houve relatos de que o principal regulador de valores mobiliários da Índia quer que empresas que planejam ser listadas em bolsa vendam suas reservas de criptomoedas da empresa antes de a instituição arrecadar investimentos.
As novas regras surgiram logo após o governo indiano afirmar que quer proibir totalmente o uso de criptomoedas. Era esperado que o governo do país discutisse um projeto de lei para criptomoedas na sessão orçamentária do Parlamento, mas isso não aconteceu, visto que a sessão terminou hoje (25).
Inicialmente, a sessão deveria ser finalizada somente em 8 de abril, mas houve mudança nos planos, devido às eleições para a Assembleia em alguns estados.
A situação das criptomoedas na Índia permanece indefinida. Executivos de corretoras cripto estão se preparando para o pior cenário possível – uma proibição total que os forçaria a realocar as empresas. Porém, eles estão otimistas de que isso não irá acontecer.