Coluna do Einar Rivero

Empresas do Ibovespa (IBOV) perdem R$ 266 bi em 2024, mas 20 estão na contramão; veja quais

17 jul 2024, 12:02 - atualizado em 17 jul 2024, 12:02
ações ibovespa empresas
As 86 ações de 83 empresas que compõem o IBOV somam R$ 4,56 trilhões nesta quarta-feira (17), abaixo dos R$ 4,83 trilhões registrados em dezembro de 2023. (Imagem: Freepik)

No panorama econômico de 2024, o índice Ibovespa (IBOV), que representa as ações das principais empresas listadas na Bolsa de Valores de São Paulo, sofreu uma queda significativa em seu valor de mercado.

Em 17 de julho de 2024, as 86 ações de 83 empresas que compõem o índice valiam R$ 4,56 trilhões, uma redução de R$ 266,7 bilhões em relação aos R$ 4,83 trilhões registrados em dezembro de 2023. Essa queda reflete um cenário desafiador para o mercado financeiro brasileiro.

No entanto, nem todas as empresas seguiram essa tendência de queda. Entre as 83 empresas, 20 registraram um crescimento no valor de mercado em 2024, totalizando um aumento de R$ 128,4 bilhões.

Este crescimento foi liderado pela WEG (WEGE3), que apresentou uma valorização de R$ 40,9 bilhões, seguida pela Petrobras (PETR4) com R$ 22,0 bilhões e pela JBS (JBSS3) com um incremento de R$ 15,1 bilhões em seu valor de mercado.

Confira as empresas que registraram aumento no valor de mercado em 2024

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(Imagem: Einar Rivero/Elos Ayta)

Confira os destaques setoriais e máximos históricos

O setor de alimentos processados destacou-se com quatro empresas entre as que mais valorizaram em 2024: JBS, BRF SA, Marfrig e São Martinho.

Já o setor de petróleo e biocombustíveis, com três empresas (Petrobras, 3R Petroleum e Vibra), e o setor de energia elétrica, com duas empresas (Cemig e Engie Brasil), também tiveram desempenhos notáveis.

Outros setores, como máquinas e equipamentos, materiais de transporte, água e saneamento, serviços financeiros, serviços médico-hospitalares, madeira e papel, previdência e seguros, comércio e agropecuária, tiveram representantes que contribuíram para o aumento do valor de mercado.

Um fato interessante é que oito dessas 20 empresas atingiram seus maiores preços históricos no ano de 2024, sendo cinco delas (Weg, Cemig, Embraer, Engie Brasil e Sabesp) em julho. Esse desempenho evidencia a resiliência e a capacidade de adaptação de algumas empresas em meio a um cenário econômico desafiador.

Veja as empresas que mais perderam valor de mercado

Em contrapartida, algumas empresas do Ibovespa registraram quedas significativas em seu valor de mercado. As maiores quedas foram observadas na Vale (VALE3), com um recuo de R$ 65,1 bilhões, seguida pelo Bradesco (BBDC4), que perdeu R$ 43,5 bilhões, e pela Ambev (ABEV3), que viu seu valor de mercado reduzir em R$ 31,9 bilhões.

O que esperar para as empresas do Ibovespa?

O ano de 2024 apresentou um cenário de volatilidade para o mercado de ações brasileiro, com uma redução geral no valor de mercado das empresas listadas no Ibovespa.

Entretanto, o desempenho positivo de 20 empresas evidencia a importância da diversificação setorial e da capacidade de adaptação em tempos de desafios econômicos. Empresas como Weg, Petrobras e JBS mostraram uma resiliência notável, alcançando máximos históricos e contribuindo significativamente para o aumento de valor de mercado em seus respectivos setores.

Essa dinâmica sublinha a necessidade de uma análise criteriosa do mercado e a identificação de oportunidades de investimento, mesmo em períodos de incerteza.

Olhando para o futuro, é essencial que investidores e analistas continuem monitorando de perto os desenvolvimentos econômicos e setoriais, a fim de ajustar suas estratégias de acordo com as mudanças no ambiente de mercado.

A capacidade de identificar empresas com potencial de crescimento sustentável será crucial para navegar com sucesso pelos desafios que 2024 ainda pode apresentar.

Einar Rivero é CEO da Elos Ayta Consultoria e especialista de dados financeiros de mercado. Formado em Engenharia, tornou-se referência para o mercado financeiro por trazer levantamentos e insights inéditos a partir do cruzamento de dados econômicos. Durante 25 anos, atuou como líder e gerente de relacionamento institucional de plataformas de informação financeira, como TradeMap e Economatica.
einar.rivero@autor.moneytimes.com.br
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Einar Rivero é CEO da Elos Ayta Consultoria e especialista de dados financeiros de mercado. Formado em Engenharia, tornou-se referência para o mercado financeiro por trazer levantamentos e insights inéditos a partir do cruzamento de dados econômicos. Durante 25 anos, atuou como líder e gerente de relacionamento institucional de plataformas de informação financeira, como TradeMap e Economatica.
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