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Empresas aéreas esperam retomar 100% dos voos domésticos até junho de 2022

25 ago 2021, 14:55 - atualizado em 25 ago 2021, 14:55
Aviação Avião Setor Aéreo
As partidas alcançarão em setembro 75% do patamar anterior à pandemia. Esperamos chegar a 85% até o final do ano, mas atingir 100% só no primeiro semestre de 2022 (Imagem: Pixabay)

As empresas aéreas esperam retomar no primeiro semestre de 2022 toda a malha aérea existente no Brasil antes da pandemia do novo coronavírus.

Para isso, contam com a vacinação ampla da população. Por outro lado, avaliam que voos internacionais continuarão afetados por questões sanitárias.

As perspectivas para o setor foram apresentadas pelo presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, nesta quarta-feira (25), em audiência pública na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.

O debate analisou a situação da malha aérea no País.

“A pandemia de Covid-19 gerou a mais dura crise da aviação no mundo, antes algo parecido só na Segunda Guerra Mundial (1939-45)”, disse Sanovicz. “Perto do que aconteceu, o 11 de Setembro não foi nada”, comparou, citando efeitos do ataque às torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, em 2001.

As partidas diárias no Brasil em abril de 2020, quando a pandemia se instalou no País, foram equivalentes a 6,8% da média antes da Covid-19. Os dados da Abear mostram que a adoção de medidas sanitárias permitiu a retomada dos voos, mas o recrudescimento da doença neste ano provocou novo recuo.

“As partidas alcançarão em setembro 75% do patamar anterior à pandemia. Esperamos chegar a 85% até o final do ano, mas atingir 100% só no primeiro semestre de 2022”, disse o presidente da Abear.

A entidade reúne as empresas aéreas com origem no Brasil, como Latam, Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4), entre outras.

Sanovicz destacou ainda ações das empresas aéreas no combate à Covid-19. De início, repatriaram 42 mil brasileiros que estavam retidos no exterior devido à interrupção de voos. “Depois, foram transportados gratuitamente 150 milhões de vacinas, 660 mil toneladas de insumos e 8,5 mil profissionais de saúde.”

Maranhão

O debate foi sugerido pelo deputado Aluisio Mendes (PSC-MA), com apoio dos deputados Delegado Pablo (PSL-AM) e Leo de Brito (PT-AC).

Segundo Mendes, o Maranhão vem sofrendo impactos econômicos e sociais com a diminuição da malha aérea desde 2015, devido ao encerramento de diversos voos no estado.

“A pandemia de Covid-19 agravou a situação, com recorrentes mudanças nos horários dos voos”, disse Mendes. Ele havia proposto audiência pública sobre a situação no Maranhão, mas a comissão decidiu ampliar o debate para âmbito nacional, já que há problemas similares especialmente na Região Norte.

No caso do Maranhão, o presidente da Abear informou que 74,7% da malha aérea no estado já foi retomada, quando se compara ao nível pré-pandemia. “Hoje mesmo, pela manhã, a Latam anunciou o retorno dos voos São Luís-Fortaleza e São Luís-Teresina”, disse Sanovicz durante a reunião na Câmara.

O debate foi coordenado pelo deputado Elias Vaz (PSB-GO). Participaram ainda o gerente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Roberto Rosa Costa e o representante da Azul Linhas Aéreas Cesar Alberto Grandolfo.

Eles observaram que a pandemia afetou a aviação em todos os países, em maior ou menor grau.

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