Aviação

Empresários buscam integrar modais rodoviário e aéreo com Itapemirim-Passaredo

04 jul 2017, 11:26 - atualizado em 05 nov 2017, 14:00

Os empresários Sidnei Piva de Jesus e Camila Valdívia, controladores do Grupo Itapemirim, afirmaram nesta segunda-feira, 3, que a aquisição da Passaredo Linhas Aéreas pela companhia de viação buscará integrar os modais de transporte rodoviário e aéreo de passageiros.

A integração deve começar em 60 dias com a formalização do negócio que não depende do aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômico (Cade), mas apenas das autoridades do setor de transportes. “Temos a maior malha de ônibus de transporte interestadual e montamos um plano de fazer o atendimento integração dessa malha com o aéreo”, disse Piva. “Vamos buscar sinergia dessa malha regional interestadual, que não existe hoje no Brasil”, completou Camila.

Apesar de as duas companhias, adquiridas este ano por Piva e Camila, enfrentarem processos de recuperação judicial, também não será necessário o aval da Justiça para o negócio, segundo eles. Segundo Piva, a marca e o nome Passaredo deverão permanecer ao menos nos próximos dois anos, mas provavelmente elas serão integradas pela Itapemirim, que já possui um braço de transporte aéreo de cargas. “Todo o transporte de cargas será centralizado em Ribeirão Preto, com um centro de distribuição”, explicou o empresário. O negócio, formalizado na segunda-feira, data em que a Passaredo completou 22 anos, não teve valores divulgados.

Os empresários buscam agora no mercado novos investidores na companhia e têm planos de ampliar de sete para 27 o número de aeronaves da Passaredo em operação, todos do modelo ATR, um dos mais adequados para a aviação regional. “Temos equipes na China e nos Estados Unidos em busca de parceiros internacionais, não como compradores, mas como investidores, além de negociações com credores e bancos”, explicou. “O plano de negócios é de cinco anos e será apresentado pouco a pouco”, concluiu.

(Por Gustavo Porto)