Invasão da Ucrânia

Empresa nuclear ucraniana diz ainda controlar usinas, mas russos se aproximam

03 mar 2022, 12:12 - atualizado em 03 mar 2022, 12:13
A AIEA disse que está trabalhando com todos os lados para determinar de que maneira eficaz poderia fornecer assistência (Imagem: REUTERS/Gleb Garanich)

A Ucrânia ainda controla duas importantes usinas nucleares no sul do país, incluindo Zaporizhzhia, a maior da Europa, mas as forças russas estão se aproximando, disse o chefe interino da empresa nuclear estatal ucraniana Energoatom nesta quinta-feira.

Em entrevista à Reuters, Petro Kotin chamou a captura pela Rússia na semana passada da extinta usina nuclear de Chernobyl de “terrorismo nuclear”. Ele disse que a Energoatom transferiu demandas para a agência de vigilância atômica da Organização das Nações Unidas (ONU), a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), na quinta-feira por meio de um documento de posição.

Kiev pediu à AIEA que reduzisse seu relacionamento com a Rússia e que a agência ajudasse a criar um perímetro de 30 quilômetros de usinas de energia para barrar as forças russas, bem como pressionar a aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para estabelecer uma zona de exclusão aérea sobre o país, segundo o documento visto pela Reuters.

A AIEA disse que está trabalhando com todos os lados para determinar de que maneira eficaz poderia fornecer assistência.

O conselho de diretores da AIEA aprovou na quinta-feira uma resolução criticando a Rússia por sua invasão da Ucrânia e pedindo que deixe a Ucrânia controlar todas as suas instalações nucleares, com apenas dois votos contra, disseram diplomatas.

Os Estados Unidos e seus aliados da Otan rejeitaram pedido da Ucrânia para impor uma zona de exclusão aérea sobre o país, argumentando que isso levaria a um confronto direto com a Rússia, que tem armas nucleares.

Kotin disse que tropas russas avançaram até 35 km da usina Zaporizhzhia e da usina Sul da Ucrânia e que tropas ucranianas e russas entraram em confronto na quarta-feira em Voznesenk, a cerca de 30 km de distância.

“Se a situação piorar, será impossível pensar no que acontecerá se eles começarem a bombardear. Eles simplesmente não sabem o que estão fazendo”, disse Kotin, acrescentando que não acredita que os russos tenham recebido a ordem final para lançar um ataque às usinas.

Compartilhar

TwitterWhatsAppLinkedinFacebookTelegram
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar