Empresa listada em Bolsa admite conversa para fusão com varejista endividada
Duas varejistas de móveis estão em conversa para promover uma fusão. A Mobly (MBLY3) admitiu conversas com a Tok&Stok sobre o assunto, em fato relevante divulgado ao mercado nesta sexta-feira (10).
Após o Pipeline, do Valor Econômico, divulgar a existência de negociação entre as empresas, a Mobly informou, em comunicado, que teve conversas recentes com a Tok&Stok, porém, não possui, no momento, acordo vinculante, de exclusividade ou envio de qualquer oferta referente a uma fusão.
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O mercado não reagiu expressivamente ao anúncio, e as ações da Mobly recuaram 1,03% no Ibovespa
Segundo apurou o Pipeline com três fontes a par do assunto, a Tok&Stok teria contratado Bradesco BBI como assessor para as tratativas de fusão com a Mobly, assessorada pelo Itaú BBA.
Ainda de acordo com o jornal, a SPX, que se tornou controladora da Tok&Stok, considera abrir as negociações com outras companhias, destacando que não existe exclusividade nas conversas com a Mobly. Além disso, Banco do Brasil e Santander também podem entrar no processo, já que são credores relevantes e querem participar da decisão.
Tok&Stok endividada e Mobly com perda de valor de mercado
A Tok&Stok deve R$ 21,3 milhões ao fundo imobiliário Vinci Logística (VILG11), referentes ao aluguel atrasado do condomínio Extrema Business Park 1. A informação é da Folha de S.Paulo, que teve acesso aos autos do processo de despejo movido pelo fundo.
O condomínio, localizado na cidade mineira de Extrema, é utilizado pela Tok&Stok como centro de distribuição. A varejista de móveis e decoração, uma das maiores do ramo no Brasil, ocupa 100% da área de 66,9 mil metros quadros do local.
Além disso, a empresa contratou a Alvarez & Marsal para reestruturar a sua dívida.
De acordo com apuração do Valor Econômico, a dívida líquida da companhia em 2021 estava em R$ 283,4 milhões, disparada de 136,3% em relação ao ano anterior e alta de 184% sobre 2019.
Ainda, em 2020, a companhia ensaiou IPO, contudo, os planos não se concretizaram. Já a Mobly abriu capital em 2021 e, de lá para cá, perdeu 87,92% de seu valor de mercado.
Confira o documento enviado pela Mobly: