Política

Empresa de Trump entra com processo contra Alexandre de Moraes, diz jornal

19 fev 2025, 9:51 - atualizado em 19 fev 2025, 9:51
Alexandre de Moraes trump bolsonaro
O processo afirma que Moraes censurou o discurso político nos EUA ao ordenar a remoção de contas de comentaristas de direita do Brasil. (Imagem: Isac Nóbrega/PR)

A empresa de mídia do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entrou com um processo contra Alexandre de Moraes. Segundo informações do jornal The New York Times, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) está sendo acusado de censurar ilegalmente vozes da direita em redes sociais.

O Trump Media & Technology Group — empresa majoritariamente pertencente a Trump e responsável pela plataforma Truth Social — entrou com a ação na manhã de quarta-feira (19) em um tribunal federal dos Estados Unidos, em Tampa. Também está listada como autora do processo a Truth Social e a Rumble, uma plataforma de vídeos baseada na Flórida.

O processo afirma que Moraes censurou o discurso político nos EUA e violou a Primeira Emenda da Constituição americana ao ordenar que a Rumble removesse contas de determinados comentaristas políticos de direita do Brasil. O argumento é de que tais ordens podem afetar a forma como essas contas aparecem nos EUA, violando a legislação americana.

A decisão do ministro de remover contas nas redes sociais foi baseada nas investigações de atos antidemocráticos promovidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores em janeiro de 2023.

O processo foi movido horas depois de Bolsonaro ser acusado de tentativa de golpe de Estado.

Bolsonaro é acusado de tentativa de golpe de Estado

Na terça-feira (18), a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Bolsonaro ao STF por tentativa de golpe de Estado e outros crimes relacionados à sua tentativa de permanecer no poder após a derrota na eleição presidencial de outubro de 2022, colocando-o como líder de organização criminosa que agiu para tanto.

Em caso de condenação por todos os crimes a que foi denunciado, as penas de Bolsonaro poderiam variar de 12 anos a mais de 40 anos de prisão.

A PGR lista 34 pessoas acusadas de envolvimento em atos contra o Estado Democrático de Direito, incluindo diversos militares e integrantes da cúpula do governo Bolsonaro, e relata, com detalhes, a cronologia da preparação do golpe e seus resultados.

Além do ex-presidente, são denunciados, entre outros, Augusto Heleno, general da reserva que comandou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e o general da reserva Walter Braga Netto, que além de ministro da Casa Civil e da Defesa de Bolsonaro, também foi seu companheiro de chapa na eleição, concorrendo como candidato a vice-presidente.

*Com informações da Reuters

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Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
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