Empresa de Lemann, Sicupira e Telles fatura bolada por venda de prédio icônico em SP

A São Carlos (SCAR3), empresa controlada pelo trio de acionistas da 3G Capital, Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles, faturou nesta quarta-feira (26) o valor total de R$ 71,5 milhões ao vender um ativo de seu portfólio. A empresa já recebeu o montante.

A venda foi do edifício João Brícola, um prédio icônico que fica em frente ao Theatro Municipal, no centro de São Paulo. O imóvel foi projetado em 1936 para ser a sede do banco Banespa (atual Santander).

No entanto, o empreendimento abrigou por décadas uma megaloja da varejista Mappin, que teve falência decretada no fim da década de 1990, e estava alugado até março deste ano para a Casas Bahia, da Via (VIIA3).

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O imóvel, adquirido pela SCAR3 em 2019, tem 12,3 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL) e está desocupado. Entretanto, segundo a empresa, o preço de venda foi 11,9% abaixo do valor líquido do ativo (NAV, na sigla em inglês).

No mês passado, o site Bloomberg Linea noticiou que o João Brícola seria vendido para o SESC São Paulo.

São Carlos abre temporada de venda de imóveis

Com a venda do edifício, a São Carlos diz que passa a ter 109 imóveis, com ABL própria de 475,4 mil metros quadrados e valor de mercado de R$ 5,2 bilhões.

Contudo, nas últimas semanas, a companhia do trio de bilionários que comanda a Americanas (AMER3) vem reduzindo seu portfólio. Em março, a SCAR3 vendeu um imóvel em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, locado para a varejista Pernambucanas, por R$ 8,1 milhões.

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Além disso, no início deste mês, a empresa dos acionistas da 3G Capital anunciou a venda do Edifício Itaim Center, também na capital paulista, por R$ 90 milhões. O imóvel tem ABL de 6,5 mil metros quadrados e foi vendido por uma cifra 2,6% acima do valor patrimonial líquido.

Portanto, só com essas vendas, a SCAR3 já faturou cerca de R$ 170 milhões. A São Carlos surgiu em 1985 a partir da cisão dos ativos imobiliários da Americanas, controlado por Lemann desde 1980.