Empresa de gestão de resíduos e de resposta a emergências Ambipar vai fazer IPO
A empresa de gestão de resíduos e de resposta a emergências Ambipar deu início à sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), como parte de um plano para reforçar o crescimento via aquisições e ampliar sua atuação internacional, que envolve desde atuação em desastres ambientais até programas de contenção a epidemias, como o coronavírus.
A empresa com sede em São Paulo submeteu nesta sexta-feira à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o pedido de registro para a operação, que envolve ofertas primária e secundária de ações e será coordenada por Bradesco BBI, Bank of America e BTG Pactual (BPAC11).
A companhia afirmou que pretende usar recursos da oferta primária –ações novas, cujos recursos vão para o caixa — para otimizar estrutura de capital, expansão orgânica e aquisições.
Fundada em 1995 por Tercio Borlenghi Junior, atual presidente do conselho de administração, a companhia tem sua principal atuação no tratamento, reuso, reparo e reciclagem de materiais, dentro da chamada economia circular. A empresa faz coletas em mais de 2.700 pontos em 93 cidades no país.
Depois, passou a operar também na resposta a acidentes com produtos químicos e poluentes, e no combate a incêndios. Consequentemente, passou a atuar também em emergências ambientais em rodovias, ferrovias, aeroportos, portos, portos, indústrias, mineradoras, dutos e em desastres naturais.
Nos últimos anos, entrou num ciclo acelerado de aquisições, no Brasil e no exterior, o que ampliou ainda mais suas áreas de atuação e a presença geográfica.
Em 2018, comprou a britânica Braemar Response, a WGRA, brasileira especializada em atender emergências para grandes seguradoras.
No ano passado, adquiriu a Atmo Hazmat, empresa brasileira de atendimento a emergências rodoviárias. Neste ano, comprou a texana Allied, passando a atuar em resposta a emergências em modais nacionalmente nos Estados Unidos.
Atualmente, a Ambipar diz estar presente em mais de 15 países e ter uma carteira de mais de 10 mil clientes.
A Ambipar afirma no prospecto preliminar que atuou “no maior desastre da mineração brasileira, no maior incêndio industrial ocorrido em território brasileiro e, mais recentemente, no suporte à contenção do coronavírus no Reino Unido em conjunto com o exército britânico”.
A empresa diz no documento que teve receita líquida de 484,4 milhões de reais em 2019, alta de 26% ante o ano anterior, aumento de 30% do Ebitda e de 16% do lucro operacional.
As acionistas Chistiane, Débora e Daniela Borlenghi, da família fundadora, são vendedoras na oferta secundária.
Veja o prospecto na íntegra: