Empresa cripto que causou prejuízo estimado de R$ 7 bi entra na mira da CPI das pirâmides financeiras
A Atlas Quantum está na mira da CPI das pirâmides financeiras, após gerar, conforme processos, um prejuízo estimado entre R$ 5 e R$ 7 bilhões em mais de 200 pessoas no Brasil.
Fundada em 2018, à época a companhia afirmava ter um robô de arbitragem, chamando “Quantum”, que prometia realizar compra automática de Bitcoin (BTC) em diferentes exchanges e sempre com entrega de lucros. Contava ainda com a publicidade de figuras públicas, como Tatá Werneck e Cauã Raymond.
No entanto, em 2019, a companhia chamou atenção da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que determinou a interrupção das atividades, sob aplicação de multa de R$ 100 mil por dia, caso não fosse cumprida a determinação.
Neste cenário, a Atlas Quantum deixou de pagar os resgastes dos clientes e tornou-se alvo de processos judiciais em todo o Brasil. Conforme dados do Projudi, são 730 ações civis contra a empresa.
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CPI das pirâmides financeiras
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), autorizou em 18 de maio a criação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar pirâmides financeiras que utilizam criptomoedas. A CPI tem prazo de 120 dias, prorrogável por até 60 dias.
A data da instauração ainda não foi determinada. O colegiado será formado por 32 titulares e 32 suplentes, que serão indicados pelas lideranças partidárias. A Comissão vai investigar 11 empresas identificadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O autor da proposta citou casos brasileiros mais famosos envolvendo pirâmides financeiras como a Atlas Quantum, a “18kRonaldinho, ligada ao ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho”, a GAS Consultoria, de Glaidson Acácio dos Santos, apelidado de Faraó dos Bitcoins, e Francisley Valdevino, o Sheik dos Bitcoins, dono da Rental Coins.
* Com Leonardo Rubinstein Cavalcanti