Empresa centenária decreta falência
A Saraiva (SLED3;SLED4) protocolou nesta quarta-feira (4), perante a 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central da Comarca da Capital do Estado de São Paulo, o pedido de autofalência.
Em fato relevante divulgado ao mercado, a companhia também informou que a RSM não presta mais serviços de auditoria independente à Saraiva.
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No fim do mês passado, a empresa em recuperação judicial demitiu funcionários e encerrou todas as operações de suas lojas físicas. Desde o dia 25 de setembro, a livraria opera exclusivamente via e-commerce.
Ainda em setembro, Jorge Saraiva Neto pediu renúncia aos cargos de presidente, diretor de relações com investidores e membro do conselho de administração. Oscar Pessoa Filho também saiu do posto de diretor vice-presidente.
A Saraiva é uma das empresas que têm tentado passar pela crise do mercado editorial nos últimos anos. A companhia entrou com pedido de recuperação judicial no fim de 2018 com uma dívida acumulada na época de mais de R$ 670 milhões.
A Saraiva tem mais de 100 anos de história. Sua criação remonta à fundação de uma pequena livraria que comercializava livros usados em São Paulo por Joaquim Ignácio da Fonseca Saraiva, um imigrante português.
A Saraiva especializou-se no comércio de livros jurídicos, um segmento que seguiu importante para os negócios da rede.
A Livraria Cultura é outra empresa do mercado editorial que luta para se manter de pé. A companhia teve sua falência decretada pela Justiça, revertida logo depois.