Internacional

Empreiteira chinesa suspende atividades de petróleo na Venezuela

06 set 2019, 8:10 - atualizado em 06 set 2019, 8:10
Mesmo empreendimentos energéticos apoiados por aliados da Venezuela sofrem economicamente com crise do governo Maduro (Imagem: Reuters)

Uma empreiteira chinesa de petróleo suspendeu as obras de um projeto de expansão na Venezuela porque não recebeu pagamento, destacando as dificuldades enfrentadas pelo regime de Nicolás Maduro, mesmo em empreendimentos de energia apoiados por aliados.

A China Huanqiu Contracting and Engineering Corporation, uma filial da estatal China National Petroleum, notificou a joint venture Sinovensa que havia suspendido as atividades para expandir a capacidade de uma instalação de mistura de petróleo em 57%, para 165 mil barris por dia, segundo documento visto pela Bloomberg e por uma pessoa com conhecimento do assunto.

A decisão contrasta com os comentários da estatal Petroleos de Venezuela no mês passado, que havia anunciado uma segunda expansão para elevar a produção para 230 mil barris por dia no projeto, cujo controle é dividido entre a PDVSA e a CNPC, maior empresa de energia da China.

A PDVSA não quis comentar. Um representante da assessoria de imprensa da CNPC não atendeu a duas ligações ou respondeu imediatamente a mensagens de texto em busca de comentários.

A paralisação é outro golpe para a Venezuela, que depende cada vez mais de petroleiras russas e chinesas para sustentar um setor que enfrenta um bloqueio econômico por parte do governo Donald Trump.

A Chevron e quatro empresas de serviços de campos petrolíferos dos EUA deixarão de operar no país latino-americano no fim de outubro, a menos que as isenções às sanções sejam estendidas, o que afetará potencialmente quase metade das plataformas de perfuração em operação no país.

Um gerente de projeto da HQC – como a empreiteira chinesa é conhecida – disse em notificação à Sinovensa que a empresa devia mais de US$ 52 milhões em faturas desde 2018 e que estava suspendendo as atividades a partir de 3 de setembro.

A joint venture é um projeto-chave da região do Orinoco, na Venezuela, que possui as maiores reservas de petróleo do planeta e atualmente representa cerca da metade da produção restante do país.

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