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Embrapa traça plano para expandir “trigo tropical” na região central do Brasil

15 maio 2021, 20:00 - atualizado em 16 maio 2021, 6:47
Trigo
A área cultivada com trigo tropical na região central do Brasil deve saltar de 300 mil hectares para a área superior a 4 milhões de hectares, segundo a Embrapa (Imagem: Embrapa/Jorge Chagas)

Representantes do setor produtivo, pesquisa e indústria estiveram reunidos, de forma virtual, nesta última quarta-feira (12), para avaliar possíveis ações que promovam a expansão da área com cultivo de trigo na região central do Brasil.

Embrapa Trigo apresentou uma série de informações técnicas e proposições para discussão no grupo.

O trigo cultivado no Brasil Central está sendo chamado de trigo tropical, pelas diferenças com relação ao cultivo do trigo na Região Sul, sob clima subtropical.

De acordo com a Conab, a área com trigo tropical foi inferior a 300 mil hectares em 2020, somados os cultivos das regiões Centro-Oeste (estados de GO, MS e DF), Sudeste (SP e MG) e Nordeste (BA).

Contudo, estimativas da Embrapa indicam uma área superior a 4 milhões de hectares (ha) com potencial para o cultivo de trigo no ambiente do Cerrado, sendo 1,5 milhões ha disponíveis para o cultivo irrigado e 2,5 milhões ha para cultivo de sequeiro.

Para atender a demanda por tecnologias adaptadas ao cultivo de trigo tropical, em 2012, a Embrapa instalou em Uberaba, MG, o Núcleo Avançado de Trigo Tropical, onde uma equipe de pesquisadores e assistentes desenvolvem ações em melhoramento genético, manejo e transferência de tecnologia para trigo tropical.

O trabalho envolve a parceria com produtores, indústria moageira e institutos federais de pesquisa.

Durante a reunião do dia 12/05, foram discutidas ações capazes de promover a expansão da triticultura no Cerrado, com aumento de área e competitividade do trigo tropical.

A Embrapa Trigo destacou uma série de ações necessárias para um crescimento ordenado do trigo na região:

i) organização da produção de sementes; instalação de ensaios, unidades demonstrativas e lavouras de referência para levantar informações agronômicas e econômicas na interação com parceiros na identificação de problemas tecnológicos limitantes à expansão;

ii) governança da cadeia produtiva, com parcerias no setor público e entidades privadas; intensificação das pesquisas com manejo e resistência genética à brusone;

iii) informações para o zoneamento agrícola nas áreas em expansão;

iv) intensificação das ações de comunicação e transferência de tecnologia, através de eventos, vitrines, visitas e publicações; e

v) apoio ao Núcleo Avançado de Trigo Tropical como base para as ações.

Com informações da Embrapa

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