Embraer vacila em novos aviões e UBS corta recomendação na Bolsa
Todo brasileiro adora falar bem da Embraer. No mercado financeiro, entretanto, isso não é mais verdade. O UBS divulgou uma nova análise em que retoma a cobertura das ações da Embraer com a recomendação de venda (anteriormente era neutra). Os analistas estão céticos com a habilidade da fabricante de aeronaves em transformar os US$ 2 bilhões de investimentos na nova geração de aviões comerciais “E2” em lucro e, com isso, tem perdido espaço para a concorrência como a da americana Cessna.
Segundo o banco, os papéis da Embraer continuam a negociar com o tradicional desconto de 10% em relação às suas concorrentes na bolsa, mas que agora um desconto adicional é necessário devido ao lento crescimento e fluxo de caixa negativo. Além disso, a empresa tem encontrado dificuldades em adequar o peso de seu novo avião E175-2 para as especificações exigidas pelos sindicatos de pilotos. Isso coloca o projeto sob risco já que perderia o direito de receber pedidos de aéreas como American Airlines, Delta e United.
O preço-alvo para os ADRs da empresa, que são as ações negociadas em NY, foi cortado de US$ 28 para US$ 19. O valor está abaixo do negociado na Bolsa. Ontem os ativos ERJ encerraram cotados a US$ 19,72.