Embraer tem cartas na manga para superar crise e chegou a hora de comprar as ações, diz Itaú BBA
A Embraer (EMBR3) viveu pesadelos durante a pandemia da Covid-19: além da falta de encomendas, ocasionada pela crise do setor que aterrou centenas de aeronaves, a companhia viu o seu acordo com a Boeing afundar.
Porém, há uma luz no final do túnel e chegou a hora de ter os papéis da empresa. Em relatório de início de cobertura, o Itaú BBA recomendou a compra das ADRs (certificado de ações brasileiras negociadas na Bolsa de Nova Iorque), com preço-alvo de US$ 21, o que implica potencial de valorização de 34%.
Segundo os analistas Thais Cascello, Gabriel Rezende, Luiz Capistrano e Mateus Raffaelli os investidores estão mudando sua estratégia, apostando em ações que capturem a retomada econômica.
“Temos uma perspectiva construtiva para o futuro da divisão comercial da Embraer, que corresponde a metade das receitas da empresa, visto que ela se beneficia de melhor impulso para as viagens aéreas em todo o mundo, considerando que o pior das restrições relacionadas à pandemia da Covid-19 passou”, apontam.
Além disso, a empresa tem grande exposição ao mercado de aviação regional (aeronaves de até 150 assentos), que lidera a recuperação do tráfego aéreo no mundo todo.
Outro ponto positivo da fabricante brasileira é o modelo E175, historicamente estáveis e com uma concorrência quase inexistente.
As ações da Embraer subiam mais de 2% após a publicação do relatório, mas os papéis reverteram a alta e fecharam em queda de 2,09% na sessão desta quarta-feira (23).