Embraer (EMBR3): Veja as vantagens do ‘carro voador’ que está muito perto de decolar no Brasil

A Eve, empresa de mobilidade aérea da Embraer (ERJ; EMBR3), iniciou nesta quinta-feira (10) o processo de certificação junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para o projeto de suas novas aeronaves elétricas de decolagem e aterrissagem vertical, os eVTOLs.

Os novos aviões desenvolvidos pela Eve são a promessa para o futuro do deslocamento aéreo dentro de espaços urbanos. Outras empresas do segmento, como Azul (AZUL4), Boeing (BA;BOEI34) e Gol (GOLL4), já anunciaram investimentos milionários nos novos “carros voadores”.

Com o pedido de regulamentação, a Embraer se torna uma das pioneiras no Brasil a colaborar com a criação de um sistema de aeronavegabilidade adequado para os novos aviões elétricos. De acordo com a empresa, os eVTOLs serão classificados como “categoria normal” e ainda passarão por outras etapas de validação junto às autoridades aeronáuticas estrangeiras.

O que são eVTOLs?

Do inglês Electric Vertical Take-off and Landing, os eVTOLs são aviões completamente elétricos capazes de realizar decolagens e pousos de forma vertical – muito parecido com o que é feito pelos helicópteros.

A novidade por trás dessas criações está em sua velocidade, sustentabilidade e, principalmente, baixo custo de manutenção.

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Graças aos poucos gastos exigidos por sua manutenção, os eVTOLs poderão ser mais acessíveis para a população que desejar fazer rápidas viagens no interior de grandes centros urbanos.

Os principais trajetos projetados para as aeronaves são para aeroportos e centros comerciais. Estima-se que o preço de uma viagem de até 30 minutos seja parecido com o valor de um Uber Black – serviço premium de corridas da Uber.

Por enquanto, os novos “carros voadores” serão utilizados de forma compartilhada entre seus usuários. Porém, com os rápidos e grandes investimentos que companhias aéreas têm feito no setor, novos modelos de negócio poderão surgir em breve.

Para Roberto Honorato, superintendente da Anac, a abertura do processo indica um “compromisso da empresa em desbravar o futuro da mobilidade aérea urbana”.

“O processo que se inicia tem como objetivo alcançar os melhores padrões de segurança, de forma a permitir o acesso do eVTOL ao mercado global”, afirma.

As aeronaves elétricas de pouso e decolagem vertical entrarão no mercado de mobilidade urbana como uma alternativa mais barata e sustentável que os helicópteros usados atualmente. De acordo com projeções do banco Morgan Stanley, o novo negócio pode movimentar cerca de US$ 1,4 trilhão até 2040.