Embraer (EMBR3) vê papel da China em fortalecimento da cadeia de suprimentos, diz executivo
A fabricante brasileira de aviões Embraer (EMBR3) disse nesta quarta-feira (13), na maior feira do setor aéreo na China, em Zhuhai, que planeja se concentrar no fortalecimento de sua cadeia de suprimentos, com empresas chinesas capazes de desempenhar um papel.
A Embraer é a terceira maior fabricante de aviões do mundo e se concentra em aeronaves regionais e executivas de corredor único de até 150 assentos, situando-se logo abaixo das famílias A320 e 737 mais vendidas da Airbus e da Boeing e rivalizando com o Airbus A220.
Em Zhuhai, o diretor comercial da Embraer, Martyn Holmes, observou que o presidente da China, Xi Jinping, visitará o Brasil em breve. A cúpula do G20 será realizada no país este mês.
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“Acho que é um momento empolgante para nós termos essa conversa (sobre a cadeia de suprimentos) com os fornecedores chineses e ver como evoluímos”, disse Holmes.
A China é o principal parceiro comercial do Brasil. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse no início deste ano que quer discutir uma “parceria estratégica de longo prazo” com a China.
Fontes do setor disseram que a Embraer está procurando um parceiro estratégico para um possível novo projeto de jato de passageiros para competir mais diretamente com a Airbus e a Boeing.
Desde a pandemia da Covid-19, a Embraer tem se esforçado para se expandir na Ásia com sua mais recente linha de jatos E2 mais eficientes, afirmando que as tendências de viagem pós-pandemia na região criaram uma demanda maior por conexões secundárias e terciárias mais frequentes.
A Scoot, subsidiária de baixo custo da Singapore Airlines,, é a primeira operadora do jato E2 na região da Ásia-Pacífico.
A Ásia, liderada pela China, tem sido mais lenta do que outras regiões para retornar aos níveis de tráfego aéreo pré-pandêmicos.
A Embraer afirmou que o mercado doméstico da China tem um enorme potencial.
A Embraer vinha lutando para encontrar novos negócios na China desde o fechamento, em 2016, de uma joint venture para a fabricação de jatos executivos na cidade de Harbin.
No entanto, seus modelos E190-E2 e E195-E2 receberam certificação chinesa em 2022 e 2023 e, em junho, a Embraer fechou um acordo com uma empresa chinesa para converter seus E-jets em cargueiros.
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