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Embraer (EMBR3): Valor acordado na arbitragem decepciona mercado e ações caem 5%; o que fazer agora?

16 set 2024, 12:05 - atualizado em 16 set 2024, 17:28
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Ações da Embraer performam na ponta negativa do Ibovespa após encerramento de arbitragem com a Boeing (Imagem: REUTERS/Denis Balibouse)

As ações da Embraer (EMBR3) performaram como a maior queda do Ibovespa (IBOV) nesta segunda-feira (16), após a companhia informar que os procedimentos de arbitragem pendentes entre companhia e a Boeing foram concluídos e a companhia receberá o valor bruto de US$ 150 milhões, conforme o “collar agreement”.

Os papéis encerraram o pregão com baixa de 5,30%, a R$ 49,18.



O Itaú BBA destaca que as expectativas do mercado para o acordo eram maiores, em torno de US$ 250-350 milhões.

No entanto, a casa pondera que, enquanto, alguns analistas estavam segurando as ações em antecipação a uma potencial surpresa positiva da indenização da Boeing, há vários outros pontos positivos a serem considerados:

  • novos pedidos comerciais e de defesa;
  • melhoria da lucratividade e potencial aumento da orientação de margem;
  • fluxo positivo de investidores internacionais que não estavam cobrindo as ações anteriormente; e
  • um ambiente competitivo positivo, pois a Airbus e a Boeing enfrentam desafios com entregas.

“Portanto, mantemos nossa perspectiva positiva sobre as ações e esperamos que seu ímpeto continue”. A classificação do BBA para a ADR da Embraer é outperform” (desempenho esperado acima da média do mercado, equivalente a “compra”), com preço-alvo de US$ 40.

Já o Safra comenta que o valor de US$ 150 milhões adiciona US$ 1 ao preço-alvo do banco para o ADR (ERJ), pois não consideravam o processo de arbitragem nos números.

Para os analisas do banco, o valor acordado corresponde apenas à taxa de rescisão do contrato, sem custos adicionais incluídos. Eles também destacam que, conforme discussões com investidores, era esperando um valor entre US$ 200 milhões e US$ 300 milhões.

“Reiteramos nossa classificação outperform para a Embraer, com base em nossa crença de um ambiente operacional cada vez mais favorável para a empresa, impulsionado por uma forte recuperação na aviação comercial e pelo aumento de seu segmento de defesa”.

O Safra defende que o ambiente operacional positivo à frente deve se traduzir em melhor lucratividade.