Embraer (EMBR3): Preço-alvo 105% maior e top pick do setor; como estes dois bancos fizeram a ação decolar
As ações da Embraer (EMBR3) decolaram mais de 10% nesta quinta-feira (14), e não sem motivos. Analistas do Morgan Stanley elevaram em 105,1% o preço-alvo do ADR (American Depositary Receipt) da fabricante de aeronaves – ERJ -, de US$ 19,50 a US$ 40.
A atualização da estimativa chega também com uma reafirmação pelo banco da recomendação de “overweight” (exposição acima da média do mercado). A Embraer também é a nova top pick no setor aeroespacial.
Além do Morgan Stanley, o BTG Pactual, em relatório publicado na quarta rebaixando Weg (WEGE3) e Tupy (TUPY3) a neutra e elevando Iochpe-Maxion (MYPK3) para compra, reforçou a Embraer como uma das preferências entre empresas do universo de bens de capital. O preço-alvo também foi ajustado pela casa, passando a valer US$ 32.
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Por que Embraer é top pick?
Para o Morgan Stanley, a Embraer é um terceiro player aeroespacial comercial que está “à altura da situação” e pode forçar sua entrada no duopólio da Boeing e da Airbus.
“Após décadas de investimentos, a Embraer entra em período de colheita”, afirmam Kristine Liwag e equipe, em comentário replicado pela Reuters.
Para o BTG, a Embraer deve ganhar um empurrão graças à resiliência de preços diante da forte demanda e à alavancagem operacional. De acordo com a instituição, apesar das entregas “modestas” no ano e atrasos do guidance nos segmentos Comercial e Aviação Executiva, a Embraer se beneficia de três fatores:
- cenário de forte precificação com o desequilíbrio entre oferta e demanda;
- performance operacional melhor após o redimensionamento de produtos e o ramp-up das operações E2; e
- relevância crescente de outras divisões, como Serviços e Defesa.
Ainda, o segmento listado do eVTOL, da subsidiária Eve, tem programado o período de testes para o início do próximo ano, acrescenta o BTG.
Na avaliação do banco, as opcionalidades da tese podem adicionar US$ 5 ao preço-alvo que a casa tem para o ADR da Embraer (elevado de US$ 19 a US$ 32), considerando ainda uma postura conservadora em relação ao valuation para a Eve.
O BTG elevou as estimativas para a Embraer, com a linha das receitas subindo a US$ 6,4 bilhões e US$ 7,3 bilhões em 2024 e 2025, respectivamente, o Ebitda avançando a US$ 691 milhões e US$ 833 milhões e o lucro líquido esperado ganhando uma revisão altista de 42% e 34%, a US$ 238 milhões e US$ 303 milhões em 2024 e 2025.
Com recomendação de compra para o nome, o BTG espera ver um cenário de melhor oferta, apesar dos efeitos da falta de componentes.