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Embraer (EMBR3) opera nas maiores altas do IBOV hoje; ações saltam 156% no ano e acumulam recomendações de ‘compra’

13 nov 2024, 17:20 - atualizado em 13 nov 2024, 18:26
Embraer
Ações da Embraer acumulam alta de mais de 156% no ano e acumula recomendações de compra (Imagem: Divulgação/Embraer)

As ações da Embraer (EMBR3) lideraram os ganhos do Ibovespa (IBOV) nesta quarta-feira (13).

Os papéis da companhia subiram 4,73%, a R$ 56,69. No ano, a companhia acumula uma alta de 153,19%.



O desempenho dos papéis reflete um otimismo do mercado com a empresa, renovado com a divulgação do balanço no último dia 7.

Mais cedo, o JPMorgan elevou preço-alvo para os papéis, de R$ 59 para R$ 78, potencial alta de 44%, reiterando a recomendação overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra).

O Citi também reiterou hoje a recomendação de compra, destacando o momento positivo dos pedidos, o bom desempenho em relação a concorrentes globais e a forte geração de fluxo de caixa livre (FCF).

A Embraer teve lucro líquido de R$ 1,176 bilhão no terceiro trimestre de 2024 (3T24), uma alta de 32% na comparação anual. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de R$ 1,976 bilhão, mais que o dobro na comparação com o ano anterior, quando foi registrado um Ebitda de R$ 736 milhões.

A companhia estima entregar entre 70 e 73 aeronaves comerciais – anteriormente, a previsão era de 72 a 80. Na aviação executiva, as estimativas de entrega seguem em 125 e 135 unidades.

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Outras 5 instituições indicam compra para Embraer

Após a divulgação dos resultados, o BTG Pactual, Goldman Sachs, Itaú BBA, Santander e BB Investimentos mantiveram suas recomendações de compra para EMBR3 ou ERJ, as ADRs (American Depositary Receipt) da companhia.

Na avaliação do BTG Pactual, os resultados da companhia foram mistos, com bons números ajustados, no entanto, destaque negativo para a revisão das receitas da aviação comercial.

Por outro lado, os analistas destacam que a receita consolidada permaneceu inalterada e a margem Ebit (lucro antes de juros e imposto de renda) foi ligeiramente revisada para cima, mesmo excluindo o efeito Boeing, enviando uma mensagem positiva sobre a capacidade de precificação e eficiência.

Eles consideram que o quarto trimestre deve ser forte e disseram que a redução nas entregas não afetou a receita consolidada.

A recomendação do BTG para EMBR3 é de compra, com preço-alvo de R$ 55.

Goldman Sachs comenta que a receita do terceiro trimestre de 2024 veio 7% acima do consenso, com uma margem Ebtida totalmente ajustada 70 bps (pontos base) à frente, impulsionando uma superação do Ebitda ajustado de 13%, excluindo o pagamento de arbitragem da Boeing.

O banco recomenda compra para a ADR da Embraer (ERJ), com preço-alvo de US$ 42.

O Santander classificou os resultados como fortes e mantém a indicação “outperform” (desempenho esperado acima da média do mercado, equivalente a “compra”) para a ADR, com preço-alvo de US$ 48.

Sobre a alteração das estimativas, o banco mantém uma visão neutra, pois acredita que a maioria dos ganhos de margem e geração adicional de FCF (Fluxo de Caixa Livre) estão relacionados ao pagamento único de US$ 150 milhões da Boeing durante o 3T24.

O Itaú BBA destaca que a companhia teve mais um trimestre de consistência e continuam compradores. A classificação para a ERJ, com preço-alvo de US$ 43.

O BB Investimentos permanece otimista com Embraer, tendo em vista a expectativa de crescimento das entregas tanto na Aviação Comercial quanto na Executiva, com forte geração de caixa, crescimento de margens e manutenção da baixa alavancagem, não obstante os riscos materiais de crise na cadeia de suprimentos do setor, que podem acarretar em atrasos para a companhia.

“Reiteramos nossa recomendação de compra para EMBR3, com preço-alvo de R$ 60,00 para o final de 2025”.

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.