Embraer (EMBR3) nas alturas: Itaú BBA segue positivo, mesmo após disparada em 2024, mas cita cautela; o que fazer?
De 2 de janeiro até o fechamento de ontem (29), as ações da Embraer (EMBR3) acumulavam um avanço de 66,44%, com o Itaú BBA revisando nesta semana suas estimativas para empresa após os dados do 1T24.
No período, a empresa reportou prejuízo líquido ajustado de R$ 63,5 milhões no primeiro trimestre de 2024 (1T24), mas receita líquida da companhia foi de R$ 4,44 bilhões no trimestre, ante 3,72 bilhões no primeiro trimestre de 2023.
Com isso, o banco manteve sua recomendação de compra, preço-alvo de R$ 36 e potencial de alta de 23,6%, apesar do rally de 110% das ações em 12 meses contra um avanço de 29% do S&P (o relatório leva em conta dados do fechamento de 24 de maio).
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Neste cenário, banco vê uma uma assimetria menos óbvia, o que justifica o “otimismo cauteloso” do banco quanto ao potencial de alta da ação. Por outro lado, o BBA não vê interrupções nos fatores que tem impulsionado as ações. Assim, eles esperam que:
- Novas encomendas comerciais, uma vez que os principais concorrentes enfrentam gargalos;
- Rentabilidade continue melhorando, pois a indústria poderá aumentar os preços
- Aceleração da geração de fluxo de caixa (FCF), traduzindo-se em dividendos em breve
- Possível conclusão da disputa legal com a Boeing no 2S24.
Em termos de valuation, no entanto, o banco ressalta que a ação está cerca de ~15% abaixo da sua média histórica.
XP Investimentos rebaixa ação após Embraer disparar
Na última semana, em relatório assinado por Lucas Laghi, Fernanda Urbano e Guilherme Nippes, a XP Investimentos rebaixou para “neutro” a recomendação para ações da Embraer (EMBR3).
O relatório afirma que o fator principal para o rebaixamento é a visão do valuation mais assimétrico, apesar do que a XP considera como uma performance estelar das ações da empresa.
Apesar da assimetria no valuation, o que motivou o rebaixamento nos papéis da empresa, os analistas esperam boas notícias, como:
- registro de crescimento de vendas de dois dígitos em 2024-25E, com frutos na melhoria do backlog;
- que o melhor ambiente operacional se traduza em um perfil consistente de geração de fluxo de caixa livre nos próximos anos.