Embraer (EMBR3): JP Morgan eleva preço-alvo e aponta 3 motivos para comprar

O JP Morgan elevou o preço-alvo dada Embraer (EMBR3;ERJ) para R$ 94 e US$ 65 para a ADR, o que implica em um potencial de valorização de 24% em relação ao fechamento no Ibovespa (IBOV) na última quarta (5).
No pregão, inclusive, a companhia foi o grande destaque positivo, com um salto de mais de 9% em reação ao anúncio de parceria com a Fly Across MRO, que passou a integrar a rede de centros de serviços autorizados para aviação executiva da companhia, ampliando a atuação no México.
O banco americano atualizou suas estimativas para incorporar os resultados do quarto trimestre de 2024 e as projeções dadas para 2025. Segundo Marcelo Motta e equipe, que assinam o relatório, o aumento no preço-alvo reflete múltiplos mais elevados e um aumento de 4% no Ebitda (lucros antes dos juros, tributos, depreciação e amortização) de 2026 e de 12% para 2027.
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O Ebitda, que mensura o potencial de geração de caixa operacional, mais alto incorpora a recente expansão no backlog (carteira de pedidos fechados), de 16% na base trimestral e 40% na anual a partir do quarto trimestre de 2024, impulsionado pela divisão de defesa e jatos executivos.
A classificação do JP Morgan para Embraer permanece overweight, equivalente à compra, tendo em vista a continuidade de crescimento sólido e margens de melhoria.
“Além disso, esperamos que o momento positivo em novos pedidos continue durante 2025 devido às campanhas em andamento nos segmentos comercial e de defesa”, ponderam os analistas.
Três pontos positivos sobre Embraer
Na avaliação do JP Morgan, três aspectos devem continuar a impulsionar a valorização de Embraer:
- Expansão da carteira de pedidos, uma vez que a carteira de pedidos da Embraer está atingindo novos máximos, totalizando US$ 100 milhões;
- Entrada de novos clientes. Os analistas veem os contratos assinados com a Flexjet e a ANA como motivos para uma avaliação mais alta;
- Expansão em resultados recorrentes. As margens recorrentes da Embraer devem continuar a melhorar, impulsionadas pela alavancagem operacional, melhores preços em pedidos recentes e iniciativas de eficiência.
“Apesar de nossa visão positiva sobre a Embraer, reconhecemos que o desempenho da empresa continua a ser fortemente dependente da expansão de seu backlog, especialmente na aviação comercial, bem como na execução, significando a melhoria contínua nas margens e retornos”, pontuam os analistas.