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Embraer (EMBR3): Itaú BBA vê espaço para mais valorização apesar da alta de 150% no ano

13 dez 2024, 16:55 - atualizado em 13 dez 2024, 18:34
embraer embr3
O banco considera que as ações estão negociadas com desconto maior que a média histórica em relação à Airbus, apesar das preocupações dos investidores com o valuation da empresa brasileira (Imagem: Divulgação/Embraer)

O Itaú BBA reafirmou a visão otimista com as ações da Embraer (EMBR3) nesta sexta-feira (13), mesmo com a crescente preocupação dos investidores sobre o valuation da fabricante de aeronaves brasileira.

Os papéis da Embraer têm melhor desempenho no Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, desde janeiro. 

“Apesar da alta de 150% no acumulado do ano, a Embraer continua sendo negociada abaixo da Airbus, o que nem sempre foi o caso”, afirma o analista Daniel Gasparete, em relatório. 

O banco reiterou a recomendação de compra para os recibos de ações (ADRs) da Embraer, que são negociadas sob o ticker ERJ na bolsa de Nova York (Nyse). 

O preço-alvo é de R$ US$ 43 — o que representa um potencial de valorização de 12,8% em relação ao fechamento da última quinta-feira (12). 

Na bolsa brasileira, EMBR3 subiu 0,36%, a R$ 55,44, nesta sexta-feira (13). Já ERJ, negociada em Nova York, caiu 0,19%, a US$ 36,51. 

Embraer ainda está barata

O analista do Itaú BBA disse estar “mais confiante” com a fabricante brasileira após analisar os números da empresa e considera que ainda há espaço para a valorização das ações. 

Por exemplo, ao considerar o múltiplo da relação entre o valor da empresa (EV) e o Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação), a Embraer é historicamente negociada com um desconto médio de 10% para a Airbus, com períodos de prêmio e excluindo a distorção durante a pandemia. 

Hoje, porém, o desconto está em 15%, com a fabricante brasileira sendo negociada a 10x EV/Ebitda e a concorrente europeia a 12x EV/Ebitda. 

“Sem dúvida deixando espaço para uma expansão múltipla à medida que a lacuna de retorno sobre o capital investido (ROIC) entre as empresas diminui”, disse Gasparete. 

Para o analista, a análise a partir da comparação do múltiplo EV/Ebitda entre a Embraer e a Airbus — que é a principal concorrente — reduz as preocupações gerais sobre o valuation, gerando otimismo sobre a capacidade da empresa brasileira de entregar resultados positivos juntamente com a geração de fluxo de caixa. 

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Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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