Embraer (EMBR3) fabricará aviões militares em Portugal para vender a países da Otan
O ministro da Defesa, José Múcio, anunciou que a Embraer (EMBR3) fabricaria aeronaves que atendessem aos requisitos da Otan em parceria com a empresa aeroespacial portuguesa OGMA, disse ele na noite de sexta-feira (21) durante viagem a Portugal.
A Embraer, que detém 65% do capital da OGMA, fabrica vários tipos de aviões, incluindo uma aeronave de ataque leve denominado “Super Tucano“.
A empresa lançou na semana passada o A-29 Super Tucano com configuração Otan, inicialmente com foco em atender as necessidades das nações europeias.
Mas Múcio disse anteriormente que fabricar as aeronaves –não apenas o Super Tucano, mas também outras– no Brasil para vendê-las na Europa nem sempre atendeu a todos os requisitos da Otan.
Ele afirmou que a certificação dos aviões da empresa pela Otan pode abrir portas no mercado europeu e outros e que a produção em Portugal é “importante porque já cumpre os pré-requisitos da Otan”.
“Vamos fabricar aeronaves brasileiras com características da OTAN”, disse Mucio, que está em Portugal com outros ministros para uma visita de Estado de cinco dias do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A delegação brasileira visita segunda-feira (24) a sede da OGMA, perto de Lisboa.
Embraer (EMBR3): Cargueiro KC-390 interessa a Portugal
A Embraer também fabrica o cargueiro militar KC-390 e busca mais negócios internacionais para vendê-lo.
Em 2019, o governo português disse que compraria cinco aeronaves de transporte militar KC-390 da Embraer e um simulador de voo por 827 milhões de euros. Países como Suécia e Colômbia recentemente manifestaram interesse em comprá-lo também.
Duas fontes familiarizadas com o assunto disseram na semana passada que a Áustria buscava avançar nas negociações com a Embraer para a compra de quatro ou cinco aeronaves cargueiras militares KC-390.
Múcio ainda disse que a Embraer quer exportar o KC-390 para mais países europeus.
“O presidente (Lula) quer incentivar a indústria de defesa brasileira e aumentar os investimentos na indústria de defesa”, acrescentou o ministro.